PL 2630/2020: rastreamento de mensagens em apps é criticado por 87% dos brasileiros

Pesquisa encomendada pelo Facebook revela opiniões sobre pontos do Projeto de Lei sobre as fake news
Leticia Riente07/08/2020 15h53, atualizada em 07/08/2020 22h00

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Entre 16 e 20 de julho, o Instituto Datafolha ouviu 1.533 pessoas para saber qual é a opinião dos brasileiros em relação a pontos específicos do Projeto de Lei 2630/2020, que trata do combate às fake news. O texto aprovado pelo Senado Federal e em tramitação na Câmara dos Deputados enfrenta discussões polêmicas sobre vários aspectos do texto, entre eles o rastreamento de mensagens em aplicativos. O estudo encomendado pelo Facebook mostrou que a prática é rejeitada pela maioria dos entrevistados.

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Projeto de Lei está em processo de aprovação e pode trazer novas diretrizes para o envio de mensagens e compartilhamento de conteúdos em redes sociais e aplicativos. Créditos: Unsplash/Reprodução

O texto do PL propõe mudanças como o uso assumido de robôs, mensagens armazenadas e encaminhadas, identificação de usuários, moderação de conteúdo, proibição de bloqueio para perfis de agentes políticos, conteúdos patrocinados, exclusão imediata de conteúdo, e ainda a criação de órgãos reguladores e fiscalizadores para aplicação da lei.

Pesquisa

Encomendada pelo Facebook, a pesquisa do Datafolha apontou que 87% dos entrevistados elegem como um direito ter conversas privadas sem rastreamento. 80% consideram de extrema importância (notas entre 9 e 10) que hajam punições para financiadores de notícias falsas.

Segundo o estudo, pelo menos 71% dos brasileiros já receberam fake news ou conteúdos duvidosos de familiares ou amigos. A pesquisa ainda mostrou que 68% dos entrevistados considera importante a exclusão rápida de posts nocivos, e 64% são contra o fornecimento de mais documentos pessoais para a abertura de contas em redes sociais.

O Datafolha ainda apontou que os brasileiros têm convicção de que o combate às notícias falsa no país é uma responsabilidade de todos, envolvendo os próprios cidadãos (70%), meios de comunicação como jornais, portais e canais de notícias (77%), redes sociais (68%), aplicativos de mensagens privadas (63%), escolas e ONGs (98%), e autoridades e governos (74%). A pesquisa também realizou outras perguntas complementares ao tema.

Sobre os dados, o diretor do Datafolha, Alessandro Janoni Hernandes, afirma que é possível observar a importância do papel das redes sociais na formação de opinião, levando em conta o alcance que tais redes têm tido na vida dos brasileiros.

Fonte: Datafolha

Colaboração para o Olhar Digital

Leticia Riente é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital