Compartilhar informações sobre produtos e marcas não nasceu com a internet, mas foi por meio de ferramentas criadas online que a prática se tornou um dos principais fatores na decisão de compra. Já parou para pensar que hoje em dia uma indicação feita na fan page de uma empresa, um review de um conhecido ou até mesmo de um desconhecido possui mais relevância do que uma propaganda ou a fala do melhor dos vendedores? Nesse contexto, aproveitar o potencial do Social Commerce se tornou uma questão vital para os varejistas. Mas, afinal, o que é isso?
Existem diversas definições do que é Social Commerce. Uma das que mais me agrada é a do Business Dictionary. Em tradução livre, “é todo o tipo de comércio que utiliza a interação para auxiliar o processo de compra”. Dessa forma, podemos incluir neste conceito desde plataformas criadas especialmente para isso quanto pequenas lojas de roupas e acessórios que fazem todo trabalho de divulgação e prospecção de clientes, via Instagram ou Facebook.
O mais importante é permitir que o consumidor consiga interagir e dividir suas opiniões e experiências livremente, pois é esse processo que faz florescer a confiança para efetuar a compra. E esse é o principal diferencial para o restante dos modelos de vendas online.
O fato é que pessoas confiam mais umas nas outras do que em organizações. O discurso, mesmo que verdadeiro, quando pronunciado por uma corporação ou seus representantes possui menos relevância que 140 caracteres em uma rede social. Para provar isso, eu trago dois estudos referenciados internacionalmente.
No ano passado, a Agência de Relações Públicas Cohn & Wolfe realizou o estudo Global Authentic Brands para medir a relevâncias das principais marcas do mercado. Um dos dados mais interessantes presentes no documento é que 81% dos brasileiros não confiam no que uma empresa diz.
Se a confiança saiu das mãos das marcas, hoje ela está centrada quase 100% na opinião dos indivíduos. De acordo com um estudo global da Nielsen, empresa global de informação, dados e medição, 70% dos consumidores confiam plenamente em informações que vêm de outras pessoas.Quando a indicação é feita por amigos e familiares, esse percentual chega a 92%.
Por isso, precisamos esclarecer que ter uma página ou perfil em rede social não é o mesmo que trabalhar com Social Commerce. É necessário ter um canal que permita que o público possa encontrar e trocar informações e tirar todas as dúvidas antes da compra.
O primeiro passo para saber se você está aproveitando o poder desse modelo é se fazer as seguintes perguntas: eu possuo um canal com os meus clientes onde eles podem se relacionar com a minha marca e com outros compradores? Eles podem encontrar reviews e depoimentos sobre o processo de compra e venda? Se sim, ele é realmente efetivo e utilizado?
Para trabalhar com este conceito é preciso ter um ambiente de comunicação aberto para trocar experiências. Mas, não se engane! De uma forma ou de outra, as pessoas vão compartilhar todo o tipo de informação sobre produtos e marcas. A questão é: você vai participar ou não desse processo?