Robôs já fazem diversas tarefas que seres humanos são conhecidos por fazer, mas algumas coisas eles não conseguem imitar. Como pegar itens com as mãos, por exemplo. Agora um grupo de cientistas está usando inteligência artificial para dar aos robôs o poder de segurar um objeto.
A empresa em questão se chama Embodied Intelligence e é formada por pesquisadores do Open AI, um laboratório de inteligência artificial da Universidade de Berkeley, nos EUA, que recebeu aporte financeiro de Elon Musk.
Atualmente, para um robô pegar um objeto com as mãos ele precisa ser programado para isso: seus criadores escrevem códigos e fazem testes até que a máquina consiga pegar um objeto em um lugar específico. Mas se ele estiver em outro lugar, ou alguns centímetros mais para a esquerda do que deveria, é bem provável que o robô não consiga segurar o objeto.
O estudo dos pesquisadores da Embodied Intelligence tenta solucionar isso. Eles inicialmente tentaram usar um método chamado “aprendizado reforçado” que ensina robôs usando tentatia e erro.
Em vez de criar códigos que ensinem ao robô exatamente onde o objeto vai estar e qual movimento ele precisa fazer para segurá-lo, o método não explica explicitamente como o robô deve fazer, mas incentiva a máquina a tentar por conta própria. Mas esse método também não é ideal e pode demorar demais para dar resultado.
Assim, os cientistas estão usando um método chamado aprendizado de imitação no qual os robôs observam humanos realizando tarefas e tentam copiar. O robô não imita os movimentos da pessoa, mas consegue definir mais ou menos o que fazer apenas a partir da observação. “Podemos ensinar diversas habilidades em menos de trinta minutos de demonstração,” explicou Peter Chen, CEO da Embodied Intelligence, em entrevista ao The Verge.
“Não é só ensinar ao robô uma trajetória fixa. É ensiná-lo a reconhecer onde a bola está, pegar a bola, e colocá-la em um lugar – em diferentes cenários,” continuou.
O estudo ainda precisa de muito tempo para se tornar um robô que de fato consegue pegar objetos por conta própria, mas os pesquisadores já sabem onde eles podem ser usados: em linhas de montagem em fábricas, podendo ser adaptados para qualquer que seja a necessidade daquela fábrica.