Cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia conseguiram recriar a pintura de Vang Gogh, a Noite Estrelada, na largura de uma moeda de 10 centavos, usando um processo conhecido como origami de DNA.
A técnica, descrita pela primeira vez em 2009, envolve a dobradura de fitas de DNA para criar o formato desejado, com “fios de grampo” sendo usados para, literalmente, pregar as moléculas. Em seguida, o padrão é transformado em manchas num chip. As formas combinadas então atuam como andaimes, permitindo que os pesquisadores instalem moléculas fluorescentes dentro de fontes de luz microscópicas, chamadas cavidades de cristal fotônico.
“Tudo acontece em um tubo de ensaio, sem intervenção humana, o que é importante, porque todas as peças são pequenas demais para manipular de forma eficiente”, explicam os pesquisadores.
Cada átomo brilhante fica mais fraco a cada nanômetro mais longe do material, o que requer a precisão ao realizar a dobradura. Feita para a deira, eles correspondem a uma cor particular – na experiência, vermelho escuro. Os pesquisadores deslocaram as moléculas e as dobraram diversas vezes, até que formassem a imagem da famosa pintura.
Os pequisadores explicam que a pintura monocromática é a prova de conceito de que a técnica pode ser utilizada para construir dispositivos em nanoescala. Segundo eles, a técnica pode ser usada para construir biossensores e para entregar medicamentos específicos no corpo humano.
Para as próximas etapas do projeto, o objetivo é tornar as moléculas vivas por mais tempo. Atualmente elas ficam acesas por apenas 45 segundos, antes de reagir com o oxigênio e queimarem.
Via Engadget