Pesquisadores do MIT criam ‘joias vivas’ que se movem pelo corpo do usuário

Redação02/08/2017 13h02, atualizada em 02/08/2017 13h46

20170802104640

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Inspirando-se em algumas culturas que usam insetos coloridos vivos como adereços, pesquisadores do MIT criaram o “Project Kino”. Trata-se de um projeto que avalia o uso de pequenos robôs que ficam sobre o tecido das roupas dos usuários para fins de ornamentação ou até mesmo para realizar algumas tarefas.

Segundo os pesquisadores, os robôs podem ser adornados de diversas maneiras e colocados sobre qualquer tipo de roupa. Eles são capazes de “mudar de local e reconfigurar sua aparência de acordo com o contexto social, possibilitando múltiplas representações de si”. Em outras palavras, se a pessoa estiver usando os robôs em uma situação na qual não é adequado que sua roupa tenha partes móveis, eles podem parar de se mexer.

Além disso, “com o acréscimo de sensores, eles podem responder ativamente a condições do ambiente”. Por exemplo, podem ser programados para automaticamente baixar o gorro de uma capa de chuva ao detectarem que parou de chover. Seria possível ainda acoplar um pequeno microfone a um dos robôs; assim, quando o usuário recebesse uma ligação, o robô se moveria automaticamente para perto de sua boca. O vídeo abaixo mostra os robozinhos em funcionamento:

Moda do futuro

Os robôs usam magnetismo para ficar na roupa do usuário. Eles são compostos por duas partes, uma maior, que fica na parte “de fora” da roupa, e outra, menor, que fica por dentro. As duas se conectam magneticamente e funcionam com um pequeno motor que move o robozinho pelo tecido.

Em tecidos nos quais os toques deixam marcas – como veludo -, os robozinhos podem efetivamente criar desenhos sobre a roupa. Eles também podem se conectar ao smartphone do usuário para, por exemplo, mover-se de um lado para o outro quando houver uma notificação. O GIF abaixo mostra um dos robozinhos se movendo:

Há, no entanto, alguns problemas com a sua implementação. De acordo com o TechCrunch, o principal deles é a bateria. Por enquanto, ela dura apenas cerca de 45 minutos. Para contornar esse problema, os pesquisadores estão pensando em criar pontos de carregamento sem fio que podem ser incorporados às roupas – assim, quando os robozinhos estivessem ficando sem carga, poderiam simplesmente se mover até lá.

Mas segundo Cindy Hsin-Liu Kao, uma das pesquisadoras do MIT envolvidas no projeto, a ideia ainda está no começo. “Achamos que, no futuro, (…) eles poderão aprender seus hábitos, seu estilo profissional e, quando ficarem menores, poderão até se camuflar nas roupas que você veste”, comentou. “Nós pensamos nos dispositivos vestíveis como assistentes pessoais.”

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital