Pesquisadores da Intel criam robô usando smartphone e US$ 50 em componentes

Estudo visava demonstrar como os sensores presentes em basicamente qualquer celular podem habilitar um robô acessível
Renato Santino27/08/2020 21h32

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Quando se pensa em robô, normalmente se imagina algo como os produtos altamente rebuscados e avançados da Boston Dynamics, mas nem todos precisam se assim. Uma pesquisa da Intel mostrou que, sim, é possível criar um robozinho acessível, valendo-se da facilidade de acesso de um smartphone, especialmente se ele for usado.

O projeto se chama “OpenBot”, em referência ao uso de um ecossistema de software aberto que também facilita a criação do robô. Os pesquisadores se valem da prevalência do smartphone na humanidade, que ficam melhores e mais acessíveis a cada ciclo de atualização, tornando seus sensores cada vez mais úteis na criação de um robô de baixo custo. Até mesmo os aparelhos mais baratos contam com Wi-Fi, conectividade com redes celulares, GPS, Bluetooth, giroscópio e outros sensores que podem ser muito úteis para auxiliar a movimentação do robô.

O OpenBot é o mais simples que um robô pode ser. O celular se conecta a um corpo eletromecânico, com um chassi feito em impressora 3D capaz de abrigar quatro motores, cabo USB, entradas para controles, LEDs. O equipamento é capaz de funcionar com um conjunto de pilhas e uma placa Arduino Nano para permitir a interação com o smartphone.

O robô pode se valer do Bluetooth para se conectar a um controle de videogame comum, como um de Xbox ou de PlayStation, permitindo dar comandos ao equipamento remotamente. Cada botão pode ser vinculado a uma ação específica, como coleta de dados, alternar para navegação autônoma, navegação manual e detecção de pessoas.

Os pesquisadores reforçam que, com o OpenBot, tentaram enfrentar dois desafios da robótica: escalabilidade e acessibilidade, o que foi possível alcançar com um smartphone e componentes simples e algum conhecimento de programação. Com apenas US$ 50, o robô se mostrou capaz de reconhecer e seguir pessoas, e pode ganhar mais funções dependendo da necessidade do seu criador.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital