Foi observando o movimento de uma salamandra que o professor Auke Ijspeert, chefe do Laboratório de Biorrobótica do Instituto Federal de Tecnologia em Lausanne, na Suíça, teve a ideia de criar o “Pleurobot”. Trata-se de um robô vertebrado capaz de mergulhar e rastejar – e que pode salvar muitas vidas no futuro.
O robô foi construído com 27 motores e 11 segmentos a partir da coluna vertebral, criados por uma impressora 3D. O Pleurobot foi desenvolvido com o objetivo de copiar ao máximo os movimentos de um anfíbio real, observado a partir de uma máquina de vídeo em raio-X. Ijspeert diz que a salamandra foi escolhida por ser “um animal interessante de um ponto de vista evolucionário”.
“Ela pode nadar e andar, então entender como ela consegue administrar essas transições [da água para o solo e vice-versa] pode nos dizer muito, não só por uma perspectiva biológica, mas também de uma perspectiva robótica”, explica o pesquisador ao site norte-americano Digital Trends.
Uma versão consideravelmente maior do Pleurobot pode ser usada em missões de resgate, entrando em locais de escombros ou no fundo de algum lago de maneira que seres humanos não conseguem. Em longo prazo, pesquisas com o robô podem até ajudar no tratamento de doenças ligadas à medula espinhal.
“A medula espinhal é o principal computador de locomoção do nosso corpo, mas sabemos ainda muito pouco sobre como ela funciona. Isso porque registrar a atividade neural na medula é muito difícil, particularmente durante o movimento. A grande esperança do nosso trabalho é descobrir mais sobre como o cérebro se comunica com as vértebras, o que pode trazer grandes avanços ao ramo de próteses”, diz Ijspeert.
Veja o robô em ação:
Via Digital Trends