Existe uma grande quantidade de pessoas no mundo que não consegue se alimentar sozinhas. Os motivos variam, desde deficiências até a perda de capacidade muscular com a idade. E foi pensando nessas pessoas – que você provavelmente nem sabia que somavam 1 milhão só nos EUA – que pesquisadores da Universade de Washington desenvolveram um braço robótico capaz de alimentar quem não consegue comer por si só. 

O instrumento pode ser diretamente conectado em uma cadeira de rodas. Na mão, ele segura um garfo, espeta pedaços de alimentos e entrega na boca da pessoa. Parece uma função simples, mas foi apenas durante o processo que os pesquisadores perceberam o tanto de detalhes presentes no ato de comer uma refeição.

 

Por exemplo, imagine que você tenha pedaços de cenoura e de carne. Para conseguir espeta-los, as pessoas automaticamente aplicam forças diferentes. Ir com muita intensidade para pegar uma cenoura pode fazê-la escorregar para o lado, enquanto uma carne seria adquirida com sucesso. Todas essas informações precisaram ser adicionadas nos códigos do robô. 

Outra situação é colocar o alimento de forma correta na boca da pessoa. Além da altura certa, o braço tem que considerar que comidas finas e pequenas, como a cenoura, que não podem ser espetadas no meio pelo garfo, porque ficaria muito mais difícil para o indivíduo morder o alimento. Nesse caso, o ideal é pegar pela ponta. 

Com todos esses dados alimentares em seu software, o robô usa reconhecimento de objetos para discernir entre 12 diferentes alimentos – maçã, banana, pimentão, brócolis, melão, cenoura, couve-flor, tomate cereja, uvas, melão, kiwi e morango.

Mas ainda existem melhoras a serem feitas para que o braço fique ainda mais eficiente. Ele não corta a comida e também responde diretamente a sons, mas não os interpreta. Ou seja, a pessoa, sendo alimentada, não consegue conversar durante a refeição, senão receberá um pedaço de comida imediatamente em sua boca. 

Alguns desses problemas devem ser resolvidos no futuro e outras funções adicionadas ao robô, de acordo com os pesquisadores. A ideia é colocar movimentos de giro, para enrolar macarrão, e de corte, além de melhorar o discernimento que ele tem dos alimentos.

Portanto, por enquanto, o braço não será encontrado disponível para venda. Entretanto, é certamente animador pensar que já se têm as tecnologias que possibilitem a um robô alimentar quem não consegue fazê-lo sozinho. Agora, basta transformar todo o conhecimento em algoritimos.

Fonte: FastCompany