Pesquisadores de Singapura conseguiram desenvolver em um robô dois tipos de células virtuais semelhantes às existentes no cérebro humano responsáveis pela capacidade de ‘navegação espacial’, o que ajuda as pessoas a voltarem para casa. Os dois tipos de “células de lugar” formam um tipo de mapa de localização no cérebro, como uma espécie de GPS.

Ao invés de simular as células fisicamente, o projeto criou um modelo em software. As células artificiais podem fornecer um sistema de mapeamento e navegação adaptativo e robusto. “Os seres humanos e os animais têm uma capacidade instintiva de navegar livremente em um ambiente”, explica Haizhou Li, um dos responsáveis pelo projeto.

O trabalho mostra o potencial que as máquinas possuem de simular atividades complexas do cérebro humano. Roboticistas têm trabalhando com redes neurais artificiais para treinar robôs para executarem tarefas como o reconhecimento de objetos, mas as redes, segundo os pesquisadores, não refletem com fidelidade a complexidade e sutileza do cérebro biológico real.

“As redes neurais são realmente muito vagamente inspiradas no cérebro. Elas são muito básicas em comparação com os neurônios; as conexões são extremamente simples, em comparação com uma sinapse”. Explica Oren Etzioni, CEO do Instituto Allen de Inteligência Artificial, em Seattle, nos Estados Unidos.

Testes 
Os pesquisadores testaram o software em um robô solto em um escritório de 35 m². Durante a experiência, o cérebro da máquina funcionou de maneira semelhante ao humano. Os pesquisadores explicam que o sistema ainda não é tão bom quanto o gerado pelo cérebro, mas pode ajudar a desenvolver sistemas melhore e a compreender o funcionamento do GPS cerebral. “Isso vai proporcionar uma solução para prever atividades neurais utilizando robôs móveis antes de realizar experimentos com ratos”, escrevem os pesquisadores.

Via Tecnology Review