‘Pendrive assassino’ que frita PCs pode ser comprado por R$ 170

Renato Santino02/12/2016 16h19, atualizada em 02/12/2016 16h30

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Boas notícias, pessoal! O USK Killer está sendo produzido em massa, e você já pode comprar o seu na internet por cerca de R$ 170 (o preço é US$ 50). O dispositivo é capaz de fritar basicamente qualquer aparelho que tenha uma porta USB e agora qualquer um pode ter um destes.

Caso você não tenha acompanhado, o USB Killer parece um pendrive comum. A diferença é que, em vez de armazenar arquivos, ele armazena eletricidade e devolve isso para a porta USB, queimando componentes que fazem o seu eletrônico funcionar.

Se você prefere uma explicação um pouco mais técnica, ao plugar o aparelho no computador, um conversor DC/DC começa a absorver energia para guardá-la em seus capacitores. Quando o potencial chega a -220V, a eletricidade é descarregada de volta na porta, queimando o que estiver no caminho. Isso acontece quase instantaneamente. Se a primeira descarga não for o bastante, o sistema repete o processo até que não sobre pedra sobre pedra.

Desde que começou a ser comercializado, o USB Killer já foi usado para queimar uma vasta gama de eletrônicos. Isso inclui notebooks como um ThinkPad antigo da Lenovo e um novíssimo Macbook Pro, um Xbox One, o Google Pixel e um Galaxy Note 7. Alguns aparelhos tiveram resultados menos destrutivos que os outros, no entanto.

Um iPhone 7 Plus e o Note 7 tiveram resultados parecidos, queimando a porta de entrada, mas não danificando o funcionamento do aparelho. Os celulares foram impossibilitados de serem recarregados novamente pela entrada, mas fora isso continuam operando.

Os criadores do USB Killer dizem que sua invenção é uma forma de incentivar fabricantes de eletrônicos a protegerem suas portas USB contra surtos como os causados pelo seu dispositivo. De fato, esta é a única forma conhecida até o momento para evitar o estrago causado pelo “pendrive assassino”. O Ars Technica explica que isso pode ser feito com uma placa opto-isoladora, que usa um LED com um fotodiodo para isolar fisicamente um circuito elétrico do outro. Com a chegada do USB-C, também há a opção de implementar autenticação USB, o que impediria que dispositivos desconhecidos realizem qualquer ação no computador.

O problema é que mesmo que todas as empresas adotassem as devidas medidas a partir de agora, isso não mudaria o fato de que bilhões de eletrônicos espalhados pelo mundo estão desprotegidos. A única solução é restringir fisicamente as portas USB e não inserir pendrives desconhecidos em computadores.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital