‘Pendrive assassino’ agora frita iPhones e outros celulares em segundos

Renato Santino17/02/2017 22h48, atualizada em 17/02/2017 22h50

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Já falamos no Olhar Digital algumas vezes sobre o USB Killer, o projeto de “pendrive assassino” que, quando conectado a um PC, pode fritá-lo em alguns segundos sugando energia do computador e devolvendo-a, causando um curto circuito possivelmente devastador. Agora esse aparelhinho também é capaz de destruir praticamente todos os celulares no mercado, graças a um novo adaptador que o torna compatível com USB-C, micro-USB e portas Lightning.

O USB Killer chegou à sua terceira versão, custando US$ 50, tornando-se mais poderoso do que seus antecessores, causando mais surtos por segundo e agora sendo resistente a configurações que o façam fritar a si mesmo. Além disso, o aparelho ficou mais discreto, com uma cor preta que faz com que ele dificilmente seja identificado como o perigo que é.

Há ainda o kit de US$ 15 com três adaptadores para diferentes tipos portas de celulares, driblando as proteções nativas de padrões como o USB-C e o Lightning. Ambas as entradas possuem sistemas de proteção similares, que fecham as linhas de dados até que a identidade do aparelho seja confirmada. No entanto, os adaptadores são capazes de driblar as proteções para conectar-se plenamente aos celulares e fazer o estrago de sempre.

Os desenvolvedores não informam o nível de estrago que o dispositivo é capaz de fazer em dispositivos iOS, mas o Ars Technica informa que um iPhone 7 teve sua porta queimada e não conseguiu mais reiniciar normalmente. Em um iPad Pro, o dispositivo foi à loucura quando teve o pendrive ligado a ele, mas conseguiu voltar a funcionar após a remoção. Em um Zenfone 3, que tem porta USB-C, o aparelho simplesmente pifou.

Agora que as proteções naturais das portas USB-C e Lightning não são mais efetivas, talvez seja uma boa hora de as fabricantes de dispositivos começarem a apostar em isoladores ópticos para proteger melhor seus eletrônicos contra esse tipo de ameaça. Claro que nenhuma empresa vai sair por aí distribuindo acessórios para proteger computadores e celulares, mas bem que as próximas gerações poderiam sair de fábrica com a proteção.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital