Passageira relata incômodo ao passar pelo sistema de reconhecimento facial de aeroporto nos EUA

Há uma certa histeria desnecessária por parte do público?
Redação22/04/2019 19h32, atualizada em 23/04/2019 00h00

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O uso da tecnologia de reconhecimento facial é motivo de inúmeros debates entre defensores e críticos. Essa inovação foi utilizada por uma autoridade brasileira pela primeira vez no carnaval deste ano. Já no exterior, governos da Inglaterra, China dos Estados Unidos estão mais habituados — pelo menos é o que parecia. Reclamações de uma americana, cliente da JetBlue, companhia aérea de baixo custo dos EUA, suscitaram as questões que envolvem o reconhecimento facial, o armazenamento de dados dos cidadãos e quem tem o direito de usá-los. As queixas foram dadas via Twitter.

MacKenzie Fegan começou: “Eu acabei de embarcar em um voo internacional da @JetBlue. Em vez de escanear meu cartão de embarque ou entregar meu passaporte, olhei para uma câmera antes de poder descer pela ponte. O reconhecimento facial substituiu os cartões de embarque sem que eu soubesse? Eu consenti com isso? “

A JetBlue respondeu a usuária na rede social: “Você pode optar por sair desse procedimento, MacKenzie. Desculpe se isso fez você se sentir desconfortável”. A companhia aérea explicou que “A informação é fornecida pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.”

A questão para Mackenzie era entender como uma empresa privada de repente tinha direito e acesso aos seus dados, a ponto de fazer toda a documentação desnecessária. A JetBlue insistiu que não tem acesso aos dados. “O processo transmitido com segurança ao banco de dados de proteção alfandegária e de fronteira”.

A JetBlue encaminhou para a cliente um artigo sobre o assunto. No entanto, a frase “não há pré-registro necessário” contribuiu ainda mais para o incômodo.

Especialistas avaliaram que as informações do passaporte já estavam no banco de dados. A única diferença no ocorrido é que as máquinas olham para um rosto e fazem a relação, e não para uma foto de passaporte.

A JetBlue não é a única companhia aérea que já está usando reconhecimento facial. A Delta, uma concorrente, afirma que “você economizará” nove minutos inteiros .

Aqueles que problematizam o reconhecimento facial alegam que um rosto é diferente de um passaporte. Não existe a opção “não apresentar sua face”. E o sistema faz uma relação entre aparência e dados. Trata-se não apenas de nomes completos, mas de uma gama muito ampla de informações sobre o cidadão.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital