A Justiça americana está com um caso em mãos que pode abrir precedentes perigosos, em termos de direito a privacidade. Isso porque o Estado de Maryland acredita que qualquer pessoa que deixe o celular ligado está voluntariamente aberto a ser rastreado.
A história começou em 2014, quando a polícia de Baltmore conseguiu um mandato para prender Kerron Andrews por tentativa de homicídio. Para chegar até ele, os investigadores pediram à Justiça para usar grampos telefônicos; eles não incluíram, entretanto, requisições para usar ferramentas que coletam dados a granel. Mas usaram mesmo assim.
Quando a defesa descobriu, eles pediram para que a Justiça anulasse parte das provas, o que acabou sendo feito. Só que agora o Estado recorreu da decisão afirmando que o tribunal errou ao interpretar a interpretação da situação.
A apelação, repercutida pelo The Next Web, diz que todo celular “vem com botões de ‘desligar’”. “Uma vez que Andrews escolheu manter seu celular ligado, ele estava voluntariamente compartilhando a localização do seu celular”, afirma o Estado.