A Bionics Beta, uma empresa criada pelo engenheiro biomédico Ed Damiano, conseguiu levantar US$ 1 milhão para o desenvolvimento de uma espécie de “pâncreas artificial” para diabéticos. O projeto é o primeiro a levantar este valor nas novas regras de financiamento coletivo dos Estados Unidos.
O valor foi arrecadado com a ajudade de 775 pessoas, que investiram, em média, US$ 1,3 mil, para tirar a ideia do papel. As ações daa empresa foram vendidas no site WeFunder, página que vende ações diretamente ao público, e não só a investidores profissionais.
A tecnologia usada no pâncreas artificial foi desenvolvida por Damiano, que tem um filho adolescente que sofre de diabetes e tem que injetar diariamente doses de insulina, caso contrário, entra em coma diabético. Alguns pacientes diabéticos já usam sensores implantados, capazes de “ler” o nível de glicose no sangue, além de aparelhos que bombeiam automaticamente a substância no corpo.
O fundador da empresa afirma que o objetivo é agir para beneficiar as pessoas que sofrem da doença, em detrimento dos lucros de curto prazo. “A ideia é ter muitas pequenas pessoas fazendo pequenos investimentos, ao contrário de grandes investimentos feitos pela infra-estrutura financeira tradicional”, diz Marc A. Leaf, um dos investidores. A Bionics Beta recebeu um aporte de US$ 5 milhões da farmacêutica Eli Lilly, que vende insulina. A corporação possui 5% das ações da Bionics.
A nova empresa afirma que testou protótipos em voluntários e planeja iniciar um teste maior do dispositivo em março de 2017. Inicialmente, o aparelho só vai dispensar insulina, que age como um freio sobre o açúcar no sangue. Um modelo futuro vai liberar insulina e glucagon, um segundo hormônio que o corpo necessita quando os níveis de glicose são muito baixos.
Via TechnologyReview