Pais jovens prefeririam ser cuidados por robôs na velhice, diz estudo

Redação11/07/2017 14h41, atualizada em 11/07/2017 15h31

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O IEEE, Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos, divulgou recentemente o estudo “Inteligência Artificial: Um Estudo sobre o Impacto da IA Sobre os Pais deste Milênio e Seus Filhos, a Geração Alfa”. Dentre as informações levantadas pela pesquisa, destaca-se o fato de que as pessoas nascidas entre 1985 e 1997 que já têm filhos prefeririam ser cuidadas por robôs do que por eles na velhice.

Foram entrevistados, no total, 600 pais e mães com idades entre 20 e 36 anos de idade que tenham pelo menos um filho de até sete anos. O objetivo era avaliar como a inteligência artificial vai afetar o resto da vida dos “pais do milênio” (pessoas nascidas entre 1985 e 2000) e as “crianças alfa” (aquelas nascidas de 2010 para frente). Isso porque as “crianças alfa” já nascem em um mundo no qual a inteligência artificial é muito presente, e portanto se relacionam de maneira diferente com ela.

Desde o berço

No total, 80% dos pais disseram que as tecnologias de inteligência artificial ajudarão seus filhos a aprender, desde a primeira infância, mais e de maneira mais rápida do que a geração deles. 74% deles também disseram que considerariam usar um professor robô para educar seus filhos. Além disso, 40% dos pais disseram que empregariam um robô para ajudar a cuidar de seus bebês, ou mesmo substituiriam uma babá humana por um robô-babá.

Benefícios da inteligência artificial também aparecem para os pais. 45% concordaram totalmente com a afirmação de que essas tecnologias “minimizam minhas frustrações como pai”, e 64% se posicionaram da mesma maneira quanto à afirmação de que elas “me dão mais tempo para fazer outras coisas”. Por outro lado, 63% afirmaram também que elas “diminuíram de alguma maneira a quantidade de tempo que eu passo envolvido com meu filho”.

Crescendo com tecnologia

Além de cuidar dos seus filhos e ensiná-los, os pais também pensam em outro papel importante para os robôs nas vidas de suas crias: companheiros. 48% dos pais disseram que pensariam em adquirir um “robô de estimação”. Nesse aspecto, as mães foram mais receosas que os pais (42% das mulheres contra 55% dos homens).

Durante a adolescência, a pesquisa mostrou que o momento de começar a dirigir também pode se tornar menos preocupante para os pais. 31% disseram que se preocupariam mais com seu filho dirigir sozinho pela primeira vez do que com seu filho andar sozinho em um carro autônomo pela primeira vez. No entanto, apenas 25% acreditavam que seu filho andar sozinho em um carro autônomo seria mais preocupante do que ele dirigir sozinho. Para 44%, porém, as duas situações são igualmente preocupantes.

Essas tecnologias também têm influenciado o processo de escolha de carreira, segundo a pesquisa. No total, 74% dos pais disseram que incentivariam seus filhos a buscar uma carreira no setor de engenharia, sendo que 38% – o maior grupo de respostas – disseram que “incentivariam fortemente” seus filhos a fazer isso. 25% disseram que não tentariam influenciá-los nessa escolha, e apenas 1% afirmou que os incentivaria a buscar outro tipo de carreira.

Robôs na velhice

Quanto aos cuidados com a saúde dos filhos, os pais acreditam que a inteligência artificial pode ajudar nesse aspecto também. 39% dos pais confiam totalmente ou muito nessas tecnologias para ajudar a diagnosticar problemas de saúde em suas crianças, e outros 46% afirmaram ter ao menos alguma confiança nelas.

Conforme a idade for chegando, eles também pretendem contar com a ajuda de sistemas desse tipo em equipamentos como robôs que ajudam a se vestir, andadores inteligentes, ou até mesmo robôs cuidadores. 63% dos “pais do milênio” disseram que prefeririam contar com a ajuda de um robô do que a de seus filhos para viver de maneira independente em sua terceira idade. Apenas 37% deles (pouco mais de um terço) disseram que prefeririam seus filhos para isso.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital