Ouça a primeira música composta pelos computadores do Google

Renato Santino01/06/2016 21h21

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A inteligência artificial é, de uma forma resumida, uma forma de permitir que máquinas se alimentem de (ou aprender, se preferir) um grande volume de informações para poder tirar conclusões sobre como resolver problemas (mais ou menos como a inteligência humana). Um processo muito mais complexo é a “criatividade artificial”, que permite que um computador consiga criar arte. Por isso, esta música de 90 segundos abaixo, por mais simples e sem graça que seja, é impressionante.

Ela é o resultado de um novo projeto do Google, o Magenta, que tem justamente o objetivo de usar as técnicas de aprendizado de máquina da inteligência artificial para que os computadores possam exercitar a criatividade e fazer arte.

A parte mais complexa do processo é dar um sentido à criação dos computadores. Arte é expressão e uma forma de passar uma mensagem. Cada escultura, pintura, música é um modo que o artista encontrou de expor o que pensa naquele momento. Essa camada mais intangível da arte é o maior desafio na hora de um computador criar alguma coisa.

Para atingir esse objetivo, os desenvolvedores da equipe do Google Brain usam a plataforma TensorFlow de inteligência artificial que o Google disponibilizou em código aberto em novembro de 2015. Dentre outras utilidades, ela já foi usada para ensinar um computador a criar roteiros de Friends.

Os avanços em técnicas de aprendizado de máquina foram uma das motivações de Eck para encarar esse desafio, segundo a Wired. Outra delas foi a rede neural DeepDream do Google, o software utilizado pelo Google para reconhecer objetos em fotografias, que acabou produzindo algumas imagens bastante curiosas.

Além de explorar maneiras como “modelos ‘generativos’ de aprendizado de máquina podem [ser usados para] criar mídia engajante”, os desenvolvedores também pretendem criar um aplicativo do Magenta. O app permitirá que usuários conheçam a música e as imagens produzidas pelo computador e deem sua opinião sobre elas. As opiniões dos usuários serão então devolvidas à máquina, para que ela se aperfeiçoe.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital