Os planos para… 2057

Sem uma visão abrangente e de longo prazo, é possível cometermos erros terríveis por não imaginarmos o que virá em seguida.
Redação12/01/2017 20h10

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É comum, em todo início de ano, as pessoas reverem seus planos e fazerem os ajustes iniciais ou, os mais atrasados, fazerem os planos para sua vida e carreira. Entretanto, se no Brasil a expectativa de vida é acima de 70 anos, pensar em um plano para um, dois ou mesmo cinco anos não é suficiente.

Afinal, sem uma visão abrangente e de longo prazo, é possível cometermos erros terríveis por não imaginarmos o que virá em seguida. É como se um investidor, na década de 1930, tivesse chegado à conclusão de que, devido ao crescimento populacional, o mundo precisaria cada vez mais de transporte público, e colocasse todo o seu dinheiro em empresas de bonde.

Isso, por si só, é um trabalho que gera muita apreensão e incerteza quanto ao que inserir em nossos planos e o que descartar.

A causa disso é o indivíduo focar excessivamente seus desejos de curto prazo e esquecer de si no longo prazo.

Por essa razão, uma boa recomendação é você pensar em quem você será com 90 anos, ou mais. Quais realizações você terá feito? Pelo que será reconhecido? Quais lugares terá visitado?

É essa pessoa, e somente ela, que é capaz de orientar-lhe sobre seus planos, não apenas para 2017, mas para as próximas décadas.

É uma ingenuidade imaginar que o mais importante da vida é o momento presente, é o instante, por que, afinal, não sabemos o dia de amanhã. Também será um grande erro se você apostar em sua realização somente quando chegar aos 90 anos. Você tem de pensar de maneira equilibrada entre o que fará ao longo da sua vida para chegar lá e, mais que isso, continuar a ter o que fazer, e a ser, caso a vida lhe presentear com muitos mais anos.

Sugiro que você deixe para o presente os diálogos relevantes, as declarações de amor e as reconciliações com aqueles que lhe são caros. Isso você não pode, e não deve, deixar para os 90 anos. Mas as grandes obras, o seu legado, a obra-prima de sua vida, construa com esmero e cuidado. Tijolo por tijolo, ano a ano, aprimorando-se, dando uma direção e, acima de tudo, um propósito marcante, relevante e inspirador à sua jornada e ao seu destino.

Somente assim você saberá qual plano deve traçar para 2017 e os anos seguintes. E não se esqueça de integrar os maus momentos ao plano. Afinal, você não é capaz de prever tudo, e sua vida ocorrerá nessa tensão entre aquilo que você controla e o que não controla. Se cada vez que acontecer algo em desacordo com seu plano você desistir do destino, você vai se frustrar. E, posso assegurar-lhe, por experiência própria, que por vezes ocorrem verdadeiras tragédias.

Lembre-se de que uma jornada de mil quilômetros feita à noite será iluminada pelo farol de seu carro 25 metros de cada vez. Mas você precisará saber para onde está indo, que poderá sofrer acidentes na estrada e, até mesmo, machucar-se feio, mas não deve desistir nunca de seu destino. Os bons e os maus momentos contarão sua história, mas a maneira como você os integra em sua vida é o que o tornará alguém especial para o mundo. Não desista.

O importante é aproveitar e aceitar a jornada, e saber o destino a que se deseja chegar.

Siga em frente!

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital