Em novembro do ano passado, a Amazon confirmou que estava se preparando para abrir sua segunda sede em dois locais separados: uma em Nova Iorque e outra em Arlington, Virgínia. Enquanto os governantes de ambas as cidades estavam contentes com o acordo, os políticos de Nova Iorque não pouparam a vida da gigante do e-commerce de duras críticas, apesar da possibilidade de criação de  25 mil empregos na cidade.

Grande parte da controvérsia está no fato de que a Amazon receberá grandes subsídios governamentais – de até US$ 1,5 bilhão – especialmente considerando que é uma das empresas mais valiosas do mundo. Os que se opõem ao acordo também temem aumentos nos preços dos aluguéis decorrentes da expansão, bem como o fato de a Amazon se opor à sindicalização de seus trabalhadores, uma prática comum em Nova Iorque.

À luz das pesadas críticas, parece que a Amazon está reconsiderando seus planos para construir sua nova sede estado, de acordo com uma  matéria do The Washington Post – que, inclusive, é de propriedade do CEO da Amazon, Jeff Bezos.

publicidade

A matéria cita duas fontes familiarizadas com o assunto, que explicam que a empresa está considerando se vale a pena enfrentar a oposição em Nova Iorque, especialmente porque outros estados têm sido muito mais acolhedores com seus planos.

Além da segunda metade de sua sede na Virgínia, a Amazon também planeja criar 5 mil empregos em Nashville, Tennessee. Ambos os projetos foram rapidamente aprovados pelas autoridades locais, com o governador da Virgínia, Ralph Northam, assinando uma lei no início desta semana aprovando até US$ 750 milhões em subsídios para a expansão da empresa.

Apesar da oposição de algumas forças políticas, as autoridades de Nova Iorque acreditam que o projeto vai passar, contando ainda com o apoio da população local. A decisão final do estado não é esperada até o ano que vem, mas o vice-presidente de políticas da Amazon, Brian Huseman, disse recentemente que a empresa quer investir em uma comunidade que, de fato, a queira. Se a oposição continuar forte, a Amazon pode desistir de seus planos até antes da votação que decidirá a sua chegada.