O infeliz ataque a uma boate em Orlando, nos Estados Unidos, que deixou 50 mortos confirmados e mais dezenas de feridos foi tema de discussão nesta segunda-feira. O presidente do país, Barack Obama, usou uma conferência com a imprensa para explicar como a internet teve um papel fundamental no ataque.
Obama afirmou que o atirador foi inspirado por material jihadista encontrado na internet, embora não soubesse afirmar como ele entrou em contato com este material. Sabe-se que o Estado Islâmico é bastante ativo, com presença no Twitter e no Telegram. A segunda ferramenta é especialmente atraente por contar com criptografia de ponta-a-ponta, o que impede a espionagem.
O FBI reafirmou a teoria de Obama, afirmando estar confiante de que “o atirador foi radicalizado pelo menos em partes por meio da internet”.
Apesar de tudo, ainda não há evidências de que o ataque partiu de líderes do Estado Islâmico, e Obama atribui o caso a “terrorismo caseiro”, o que indica que o assassino agiu por conta própria.
De qualquer forma, mesmo que ele não tivesse uma ligação direta com o ISIS (isso ainda está sendo investigado), o atirador pelo menos se via alinhado à ideologia do grupo terrorista. Antes de agir, ele ligou para o 911 jurando fidelidade ao grupo, que, por sua vez, aceitou publicamente a autoria do ato.