O que você quer?

O dinheiro que não faz bem é aquele conseguido sem esforço físico ou mental. Ou seja, dinheiro saqueado
Redação11/02/2016 15h02

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Reprodução

Eu coletava os dados, no início de um processo de coaching, para saber qual padrão de vida meu cliente queria ter. Perguntei sobre a casa que desejava: Onde ficava? Quanto custava? E, depois de detalhar a casa dos sonhos, perguntei sobre o carro que queria ter. Ele ficou pensativo e disse que tinha vergonha de falar que desejava um BMW M3. Não entendi o motivo de seu constrangimento. Mas sua família e amigos lhe diziam que era perigoso ter esse carro aqui e que, com a violência e tantas pessoas pobres no Brasil, não era apropriado ele querer ter esse carro.

Isso lhe causava confusão em relação ao seu sucesso. Afinal, havia semanas nas quais trabalhava 15 horas por dia, aguentava um chefe muito duro, o que não era nada comparado aos seus clientes. Todos justos, mas implacáveis nas cobranças. Trabalhar e não poder gozar do merecido sucesso é angustiante. É o que eu chamo de “a vergonha do ter”.

Com o tempo, nossas conversas deixaram evidente para ele que a causa dessa questão é não refletir com clareza sobre justiça e moral.

Portanto, teria de pensar e tirar suas próprias conclusões a respeito do que desejava para sua vida, seus valores e quais as consequências daquilo. Em primeiro lugar, compreender que a maior injustiça é alguém que gerou dinheiro por meio de seu próprio esforço não ter direito a ter aquilo que deseja. É o ladrão, e não a vítima, que deve ser punido.

O dinheiro que não faz bem é aquele conseguido sem esforço físico ou mental. Ou seja, dinheiro saqueado. E não adianta disfarçar saque com trabalho: acredite, nos dias atuais temos muitos saqueadores. O dinheiro que é ganho pelas horas dedicadas ao trabalho, que produz riqueza e abundância, é da pessoa, e ela é livre para dizer o que comprar com ele. Ou, preferencialmente, onde investir para ter o que deseja.

O dinheiro não torna as pessoas infelizes nem felizes. Os desonestos, em honestos. Temos, portanto, de proteger aqueles que trabalham produzindo riquezas e defendê-los daqueles que as saqueiam. Não há como sentir a prosperidade de maneira subjetiva. Aqueles que não sabem o que querem jamais poderão sentir o enlevo que é estar em um país distante que sempre sonhou em visitar, ou ter uma medalha de ouro por merecimento, por esforço e por direito.

Afinal, é o trabalho e a razão que produzem aquilo que desejamos em vida. Não a irracionalidade e o subjetivo. Portanto, o indivíduo deve refletir com clareza a respeito do que quer em sua vida. E, se isso for um BMW, uma

Mercedes, ou qualquer outra coisa física que precise para coroar seu êxito, não deve ter vergonha de adquiri-lo e responsabilizar-se por sua escolha.

Não há nada mais encantador que ter uma vivência ou algo que mostre ao indivíduo o enorme enlevo de sua existência. Isto é, o resultado de seu trabalho e seus esforços transformados em um valor que possa saborear. Isso é justiça.

O mundo é feito por pessoas que, com razão, objetividade e muito esforço mental e físico, constroem sua prosperidade por meio da geração de riquezas e oportunidades.

Seja uma delas e seja merecedor de cada uma das coisas e vivências que tanto deseja. Prospere!

Vamos em frente!

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital