Recentemente foram divulgados dados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Aluno), que apontam que o Brasil está na 57ª colocação em leitura. E, apesar de ter melhorado em relação a última avaliação em 2015 em que o País ficou em 59º lugar, ainda está longe de ser um bom resultado. Isso porque, eles mostram o quanto a educação no nosso país precisa de uma melhora urgente.
Além dos índices sobre leitura, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2018 trouxe outro dado preocupante, 52,% dos brasileiros de 25 anos ou mais não concluíram o ensino básico. Entre eles, a maioria (33,1%) não terminou nem o ensino fundamental, 6,9% não têm nenhuma instrução, 8,1% têm o fundamental completo e 4,5% têm o ensino médio incompleto.
Acredito que muitos brasileiros não conseguem terminar os estudos pois precisam começar a trabalhar cedo para contribuir com a renda da casa. Isso é alarmante porque isso se torna um ciclo, o aluno precisa abandonar a escola para ajudar a família e, em consequência disto nem sempre consegue um bom trabalho, dessa maneira, o seu filho precisará largar também e assim repetidamente.
Em contrapartida notamos que muitos brasileiros têm recorrido ao ensino à distância para continuar em constante evolução. Pelo menos é que aponta o CENSO EAD 2018/2019 – Relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil, onde notamos que a maior procura por esse tipo de ferramenta está em pessoas entre 26 e 30 anos, sendo que a maioria (39,3%) busca por um ensino totalmente à distância. Desta forma, a evolução da tecnologia pode ser de grande ajuda para a educação.
A internet tornou tudo mais fácil, já que torna possível encontrar tudo o que é preciso buscando por materiais confiáveis. Além disso, o YouTube tem facilitado muito a vida das pessoas. A Geração Z, por exemplo, que é altamente conectada, utiliza essa rede social para aprender sobre os mais variados assuntos. Prova disto, é que de 2017 para 2018, o tema empreendedorismo cresceu 200% nas buscas de conteúdo do YouTube.
Além disso, vários métodos podem ser explorados como vídeo, PPT, Realidade Aumentada (RA), Realidade Virtual (RV), Chatbot, entre outros. Há também a possibilidade de recursos alternativos sem a necessidade de um diploma, só o aprendizado real.
Como exemplo, podemos citar o microlearning, que é um formato online e de curta duração. Ou seja, são aulas mais objetivas e que tem um grau de comprometimento e atenção de tempo mais reduzido. E isso não quer dizer que ele tem menos conteúdo, muito pelo contrário. Na verdade, ele é dividido em pílulas, facilitando o engajamento. Tal técnica é muito encontrada em aplicativos, que podem ser uma boa opção para quem deseja aprender de verdade.
Outra estratégia interessante e que vale destacar é a gamificação. O conceito consiste em usar padrões de jogos para a motivar e reforçar o aprendizado. Nessa técnica, o intuito é aumentar o engajamento despertando a curiosidade dos usuários por meio dos desafios propostos. Para o sucesso desse modelo, as recompensas também são itens imprescindíveis.
É importante ressaltar que todos os métodos podem e, normalmente são aplicados para o mobile o que facilita e muito a vida das pessoas. Segundo o estudo KPCB, Internet Trends 2015 – Code Conference, 91% das pessoas consultam seu smartphone na busca por ideias enquanto concluem uma tarefa. Esse dado nos mostra que o uso de celulares tem sido fundamental para otimizar rotina dos seus usuários.
Em linhas gerais, notamos que a tecnologia tem sido fundamental para engajar os estudantes e logo se tornará indispensável quando falamos em conhecimento real. O mais importante é entender o que funciona para cada pessoa para aplicá-la da melhor forma, afinal, a forma com absorvemos informações é única.