A sétima geração do iPhone chega às lojas norte-americanas no fim desta semana. Antes disso, como já é tradicional, boa parte da imprensa especializada dos EUA já colocou as mãos no aparelho e começou a publicar as primeiras análises e avaliações sobre o iPhone 7 e 7 Plus.

Essas primeiras impressões podem discordar em alguns detalhes, mas um ponto que é quase unanimidade continua o mesmo: o novo iPhone é um smartphone impressionante, mas quase igual ao antecessor. A principal exceção é a ausência do conector para fones de ouvido tradicionais.

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Geoffrey Fowler, colunista do The Wall Street Journal, disse que a nova versão do iPhone é um “antídoto para a ansiedade”. Isso porque alguns dos principais problemas de gerações anteriores foram corrigidos, como a bateria de curta duração, a fragilidade e o desempenho das câmeras em ambientes pouco iluminados.

Filmado inteiramente com um iPhone 7 Plus, o review em vídeo do jornal conclui que, embora não seja “o melhor smartphone que o dinheiro pode comprar”, ainda perdendo para algumas inovações do Galaxy S7 da Samsung, o upgrade vale a pena por conta da bateria um pouco mais duradoura, câmeras melhores e resistência a água. E este é o tom da maioria das outras análises já publicadas.

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Design

Visualmente, é muito difícil diferenciar o iPhone 7 dos seus últimos dois antecessores, de acordo com os primeiros reviews. De frente, ou colocando-o dentro de um case, parece basicamente o mesmo smartphone, com poucos detalhes alterados na traseira.

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Uma das novidades é a nova cor “Jet Black” que, segundo Matthew Panzarino, editor do TechCrunch, é atrativa para riscos e marcas de uso. “Assim como um carro com uma pintura preta brilhante”, diz ele, o iPhone 7 com a nova cor “vai ganhar os arranhões de qualquer superfície brilhante”.

Já para Andrew Cunningham, do Ars Technica, as linhas e o material do Jet Black deixam o iPhone 7 com a aparência de um celular todo feito de vidro, mas sem a mesma fragilidade. Principalmente por conta disso, a traseira fica repleta de marcas de dedos em pouco tempo, o que pode incomodar alguns usuários.

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Câmeras

Outra unanimidade é a qualidade das câmeras do novo iPhone. Especialmente o sistema de câmera dupla do iPhone 7 Plus, que, como já explicamos, vem com dois sensores que atuam juntos para oferecer zoom óptico e efeitos de profundidade de campo como uma DSLR.

O upgrade é um dos pontos principais na análise de Nilay Patel, do The Verge. O jornalista experimentou as câmeras dos novos smartphones nas mais diversas condições, comparando-as com o Galaxy Note 7 e também com câmeras profissionais, como a Fujifilm X-T10 e a EOS 5D Mark III.

“Em luz baixa, as lentes mais rápidas e estabilização óptica de imagem significam que o 7 supera o 6S de maneira significativa. Mas em comparação com o iPhone 6S, o iPhone 7 é um apenas um passo para a frente, e não um grande salto”, escreveu Patel.

Já na opinião de Nicole Nguyen, do BuzzFeed News dos EUA, é “muito difícil” notar alguma diferença entre as fotos tiradas de um iPhone 7 e as feitas por um iPhone 6S. “Se você é do tipo que vasculha cada detalhe das suas fotos, deve notar os detalhes. Mas se você só dá uma olhada apressada nas imagens, não deve conseguir perceber a diferença.”

Performance e bateria

Chris Velazco, do Engadget, exaltou a velocidade do novo processador A10 Fusion colocado no iPhone 7. “Há quase nenhum atraso entre o momento em que você toca no ícone de um app e o momento em que ele se abre”, diz o jornalista, acrescentando que “sair e entrar de aplicativos está nitidamente mais rápido também”.

Nenhum dos principais reviews publicados cita qualquer tipo de problema, travamento ou engasgo do sistema nos novos iPhones. Em termos de duração de bateria, a avaliação parece a mesma em quase todas as análises: o novo aparelho dura mais que o antecessor, mas ainda é pouco comparado com alguns concorrentes. Nenhum grande avanço nesse sentido.

Conclusão (e a polêmica entrada para fone de ouvido)

Destaque em quase todos os reviews é a ausência de um conector P2 de 3,5 milímetros nos novos iPhones. A entrada, usada para fones de ouvido tradicionais, saiu para dar lugar a uma bateria maior, câmeras melhores e um sistema de vibração debaixo do botão Home (que agora é sólido, sensível ao toque, e não mais pressionável), sem aumentar a espessura do aparelho, o mais fino já feito pela Apple.

Para alguns, a necessidade de andar por aí carregando adaptadores é um incômodo desnecessário, como destacou o The Verge. Para outros, porém, trata-se de um pequeno sacrifício em prol de um avanço na tecnologia, rumo a um futuro wireless que é o principal objetivo da Apple, como sugere o TechCrunch.

Para Steve Kovach, do Business Insider, a mudança “não é tão ruim assim”. “Tudo o que você precisa já vem na caixa, incluindo um adaptador”, ele diz, citando também os fones de ouvido com suporte à entrada Lightning e os AirPods, fones sem vio vendidos separadamente, entre muitos outros modelos Bluetooth disponíveis no mercado. Ou seja, não é difícil se acostumar.

Em termos gerais, o tom das análises é basicamente o mesmo no fim das contas: o iPhone 7 e o iPhone 7 Plus são dois smartphones de alto nível, com performance inquestionável, câmeras quase tão boas quanto as de profissionais e cheios de recursos muito úteis para a vida moderna.

Mas se você já tem um iPhone 6 ou 6s e não pretende trocá-lo, a Apple não tem muitos argumentos para tentar te fazer mudar de ideia. A não ser que você queira muito um iPhone com botão Home sólido, resistente a água e com zoom óptico de 2x. Fora isso, parece mais do mesmo.