O site iFixit, famoso guia de reparos para aparelhos eletrônicos de todo tipo, divulgou nesta semana um desmanche do P20 Pro, o celular chinês que recentemente desbancou o Galaxy S9 e o iPhone X e se tornou líder do ranking de smartphones mais rápidos do mundo.

Além disso, o P20 Pro se destaca por vir com um incomum sistema de câmera tripla na traseira. Este sistema fez com que o celular também tomasse a liderança no ranking do DxOMark das melhores câmeras de smartphone do mundo, superando os populares iPhone X e Galaxy S9 novamente.

Mas o que há por dentro deste celular, afinal de contas? O processador do aparelho é o Kirin 970, um chipset de oito núcleos montado pela própria Huawei, a marca chinesa que fabrica o celular. Além disso, ele vem com 6 GB de memória RAM e 128 GB de espaço interno para armazenamento.

Tudo isso fica abaixo de uma tela de 6,1 polegadas OLED com resolução de 2.240 por 1.080 pixels, numa proporção de 18,7:9. A tela é mais esticada verticalmente do que alguns concorrentes e ainda conta com o famoso “notch”, aquele recorte no topo do display que foi popularizado com o iPhone X.

O notch do P20 Pro, porém, não guarda nenhum sensor extravagante de reconhecimento facial como o iPhone, mas é onde fica a câmera frontal de 24 MP e o alto-falante para ligações. Na parte inferior da tela ainda existe um botão de início físico, como celulares mais antigos da Apple e Samsung.

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Tudo isso é visto por fora, mas o desmanche do iFixit também mostra o que há por dentro do P20 Pro. O primeiro diferencial encontrado no design interior do aparelho é na placa-mãe, menor do que a de outros celulares Android, deixando mais espaço para a bateria de 4.000 mAh deste modelo.

Em seguida, vem o trio de câmeras traseiras. Uma delas tem 20 MP, é monocromática (só tira fotos em tons de cinza) e tem abertura de f/1.6. A principal é de 40 MP e tem abertura menor, de f/1.8. Por último vem a câmera de lente telefoto, feita para capturar planos de detalhe, de apenas 8 MP e f/2.4.

As três funcionam sempre juntas e permitem, entre outros recursos, zoom óptico de até três vezes. Oficialmente, a Huawei diz que o P20 Pro só tem estabilização óptica de imagem na lente telefoto de 8 MP, mas o desmanche mostra o que parecem três sistemas de estabilização, um para cada câmera.

Já na placa-mãe estão os 6 GB de memória SDRAM LPDDR4, junto com um chip da Samsung de 128 GB de memória V-NAND flash. HiSilicon é outra empresa que aparece bastante nas entranhas deste celular, responsável por componentes de gerenciamento de energia, o transceptor e o circuinto integrado de áudio.

No fim das contas, o iFixit dá uma nota 4 (de 10) para o P20 Pro no que diz respeito à facilidade com que é possível realizar reparos nele. O ponto positivo é que muitos componentes são modulares e podem ser trocados individualmente. Trocar a bateria leva tempo, mas é possível.

O lado negativo é que a traseira de vidro torna o aparelho mais frágil do que precisava ser, já que ele não possui função de carregamento sem fio. Além disso, trocar a tela do P20 Pro pode causar algum estrago devido às duas camadas de adesivo. Confira o desmanche completo, em detalhes, aqui.