O Galaxy Note 9 seria REALMENTE o primeiro smartphone a substituir um PC?

Redação18/09/2018 23h41, atualizada em 19/09/2018 01h00

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Nesta terça-feira (18/9), a Samsung apresentou à imprensa as novas funcionalidades corporativas do Galaxy Note 9. Novas, para falar a verdade, é jeito de dizer. O que a fabricante sul-coreana mostrou é o aperfeiçoamento de alguns desses recursos, como o Knox (a plataforma de produtividade e segurança da marca) e a S-Pen. Mas, o que me chamou a atenção durante o evento, foi outra coisa: o fato de um smartphone, FINALMENTE, ser capaz de substituir um computador de forma decente.

Eles tentaram, mas…
Há muito se vem falando que os smartphones conseguiriam aposentar os notebooks. E, para algumas funções, eles chegaram perto. Afinal de contas, quantos de nós levantamos do sofá ou da cama para ligar um PC ou notebook para, por exemplo, navegar na internet, acessar nossas redes sociais, ouvir música, ver séries ou jogar games mais casuais? O fato é que os celulares da atual geração conseguem executar essas tarefas sem sofrimento e a vantagem de caber na palma da mão.

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No entanto, para tarefas que exigem poder de processamento e longo tempo em frente a uma tela, os smartphones ficam devendo, mesmo com acessórios. Os tablets até vieram para tentar cumprir a missão de mandar desktops e notes para o asilo, mas também falharam. E tudo indicava que o cenário permaneceria assim, cada qual “no seu quadrado”. Até a chegada do Galaxy Note 9.

Facilidades para se transformar em um mini PC

O recurso que me fez chegar à conclusão de que o Note 9 pode ser um PC com desempenho decente atende pelo nome de Dex. Presente também no Note 8, a funcionalidade transforma o smartphone em um mini computador de forma bem prática: basta plugar o dispositivo em um monitor ou TV com entrada HDMI. Para isso, é necessário ter o conversor USB-C para HDMI (que deve ser comprado separadamente, uma bola fora da Samsung, considerando o alto preço do aparelho) e a transformação é feita automaticamente. E com o bônus de que o modelo ainda trabalha no Dual Mode, ou seja, o display do smartphone funciona de modo independente, mas integrado.

Feito isso, basta que o usuário tenha um teclado e um mouse Bluetooth (neste último caso, a tela do smartphone também pode cumprir a função de mouse) para que o mini PC fique completo. O usuário pode navegar pelas duas telas, rodar aplicativos como pacote Office, navegar pela internet e acessar recursos corporativos sem que o aparelho esquente ou apresente perda de desempenho.

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Muito disso se dá pelo robusto hardware do Galaxy Note 9: processador Qualcomm Snapdragon 845 (ou o Exymos 9810, ambos de 8 núcleos), 6GB ou 8GB de memória RAM, 128GB ou 512GB de capacidade de armazenamento (expansíveis) e uma placa gráfica bastante razoável (Mali-G72 MP18 para Ásia e Europa e a Adreno 630 para EUA, LATAM e China). Ou seja, especificações que não ficam nada a dever para um bom PC intermediário.

A área de trabalho criada pelo Dex

Some-se tudo isso a uma sacada fundamental da Samsung: quando o Dex é ativado, uma área de trabalho semelhante a do Windows é criada na tela principal. Isso facilita – e muito – a vida do usuário, uma vez que ele se identifica imediatamente com o que vê no display e sua adaptação é rápida e intuitiva. Com isso, ele consegue acessar e-mails, aplicativos e navegador sem perder tempo.

Em outras palavras: intuitividade.

No caminho certo. Mas ainda para poucos bolsos

O combo “Hardware + facilidade de uso + praticidade” indica que a Samsung sabe o que faz para que, finalmente, um smartphone consiga substituir um PC de desempenho intermediário. Ainda que não seja indicado para tarefas mais pesadas, como aplicações gráficas ou programação, ele consegue suprir tranquilamente o uso diário da maioria dos profissionais liberais.

No entanto, o investimento para se ter esse mini PC ainda é bem proibitivo. Afinal, fica difícil convencer o usuário a gastar entre R$ 5.499 (128 GB) e R$ 6.499 (512 GB) pelo Galaxy Note 9 (sem contar os acessórios como adaptador e teclado), quando ele sabe que por esse valor pode-se comprar um ultrabook e ainda sobra um trocado para um smartphone intermediário, por exemplo.

No entanto, a fabricante sul-coreana também mostrou que está no caminho certo para que notebooks e desktops sejam considerados “trambolhos ultrapassados” em um futuro não muito distante. Façam suas apostas!

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital