Em 2015, o Hotel Henn na, também conhecido como Hotel Estranho, abria suas portas para o futuro, afinal de contas, era o primeiro hotel do mundo a contar com uma equipe de trabalhadores robôs. Estamos em 2019 e, contrariando todas as expectativas da época, os robôs ainda não atingiram o patamar mínimo de eficiência para o trato com os hóspedes.

Os gerentes do Hotel Estranho se viram obrigados a “demitir” mais da metade dos seus 243 robôs por problemas de interação com os hóspedes. Afinal de contas, o que poderia dar errado?

Bom, a princípio, os robôs responsáveis por tirar as dúvidas dos hóspedes nos quartos não conseguiam responder às perguntas e, ainda pior, eram ativados no meio da noite por qualquer barulho… ronco mesmo.

Os robôs responsáveis pelo check-in precisam de ajuda, os bots da portaria não têm a menor noção do que é preciso fazer, os bots de entretenimento quebram o tempo todo e os robôs responsáveis por levar as bagagens aos quartos não conseguem sequer chegar até eles.

É claro que a ideia do Hotel Estranho era atrair pessoas por causa do convívio com os robôs, no entanto, a brincadeira parece ter perdido a graça.

De acordo com o gerente do hotel, Takeyoshi Oe, e o presidente da empresa, Hideo Sawada, existem ainda muitas limitações e o que parecia moderno em 2015, hoje é obsoleto, mas as substituições são caras.

Em entrevista ao Wall Street Journal, Sawada disse que, apesar da “demissão” em massa, não desistiu da ideia de ter um hotel só com funcionários robôs. Contudo, afirmou que a experiência com o Hotel Estranho mostrou que ainda existem muitos empregos adequados apenas para os humanos: “Quando você realmente usa um robô, percebe que existem lugares em que eles não são necessários, ou apenas incomodam as pessoas”, disse ele.

Sinceramente, não tenho dúvida de que um dia teremos uma horda de robôs eficientes, capazes de substituir humanos em tarefas básicas, como levar as malas de um lugar para o outro, ou mesmo oferecer informações turísticas. Contudo, por enquanto, camareiros e camareiras, regozijem-se, pois esse futuro ainda não chegou!

Fonte: WSJ