A venda de drogas na dark web é muito comum. Em julho do ano passado, uma grande operação foi montada em torno do mercado do portal Alphabay e derrubou uma das maiores e mais lucrativas fontes de drogas da rede. Terminada a investigação, chamada de “Rota da Seda”, os agentes federais norte-americanos ainda fazem pequenas apreensões na dark web.
O caso mais recente, de 11 de fevereiro, foi a rendição do canadense Christopher Bantili, que se declarou culpado por vender fantanil e outros derivados de ópio. Na ocorrência, agentes disfarçados do órgão de combate às drogas (Drug Enforcement Administration – DEA) se passaram por compradores em 2015 e a denúncia formal veio em setembro de 2016. Apesar dos esforços das autoridades, Bantili só foi preso neste ano, quando se rendeu e pôde ser extraditado para os EUA.
Esses casos são cada vez mais comuns. Mesmo antes da derrubada do Alphabay, alguns fornecedores solitários já haviam sido detectados por vendas individuais e presos. As prisões não param: até agora, a medida extinguiu uma operação de lavagem de dinheiro com 35 fornecedores diferentes, capturou um suposto vendedor de cocaína do vale central da Califórnia e indiciou outros seis suspeitos no mesmo distrito, bem como prendeu dois traficantes de heroína no Brooklin.
O uso do Tor e do Bitcoin parecia ser seguro e difícil de rastrear em relação à compra e à venda de mercadorias ilegais. Apesar de os mercados parecerem imbatíveis e do fluxo intenso com que surgem e se reinventam, a polícia agora já consegue superar essas tecnologias. Com o ritmo das detenções, parece que a venda de drogas da dark web pode estar ameaçada.
Fonte: The Verge