Novos protótipos de drones militares russos fazem voo inaugural

Aeronave é capaz de atingir grande altitude, voar por 24 horas e carregar até uma tonelada de armamentos
Redação21/08/2019 11h37, atualizada em 21/08/2019 12h11

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O Ministério da Defesa da Rússia concluiu um protótipo do Altius-U, sua resposta aos drones RQ-4 Global Hawk e Predator, informou a agência estatal russa TASS. Após vários contratempos e aumentos de custo, bem como a prisão de Alexander Gomzin, diretor geral do Bureau de Design OKB Simonov, responsável pelo projeto, o protótipo de seis toneladas tomou o céu por 32 minutos na terça-feira (20), anunciou o Ministério da Defesa da Rússia.

Ele foi equipado com equipamentos de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) durante o voo de teste, disse Samuel Bendett, pesquisador da CNA Corporation, ao Business Insider. Eventualmente, o drone será equipado para realizar ataques de precisão e será capaz de transportar até uma tonelada de armamentos, apontou o pesquisador.

O veículo não tripulado voou a uma altitude de cerca de 800 metros, embora Bendett tenha dito que tanto o Altius quanto o novo drone stealth Okhotnik da Rússia seriam capazes de voar a grande altitude para penetrar as defesas aéreas dos adversários.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, o Altius-U é capaz de um tempo de voo de 24 horas, o que lhe dá a capacidade de se mover muito além das fronteiras da Rússia. Bendett disse à Insider que o país estava tentando se destacar do equipamento militar estrangeiro e aprender lições sobre o combate na Síria – e o desenvolvimento tanto do Altius-U quanto do Okhotnik mostra até onde a Rússia chegou em ambas as frentes.

“Essa era uma capacidade que eles desejavam”, disse Bendett. Mas o protótipo Altius está apenas em seu primeiro teste – “Muito tem que acontecer” antes que ele seja parte do arsenal russo.

Mesmo assim, colocar os drones em voo foi um sinal para os adversários da Rússia de que ela está se aprimorando em tecnologias em veículos aéreos não tripulados, e que está desenvolvendo as capacidades para lutar nas guerras do futuro. O teste dos dois protótipos “vai além da discussão sobre se eles podem ou não [construir esses tipos de armas], e mostra que a resposta é sim, eles podem e já estão fazendo”, disse Bendett.

Via: BusinessInsider

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital