Novos processadores da AMD para notebooks tentam derrubar domínio da Intel

Renato Santino26/10/2017 19h46, atualizada em 26/10/2017 19h50

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Com a família de processadores Ryzen, a AMD finalmente parece ter conseguido ganhar um fôlego depois de anos vendo a Intel se distanciando no mercado de CPUs. Agora, a empresa quer começar a invadir outro mercado praticamente monopolizado pela concorrente: o de processadores para notebooks.

O setor é um dos mais importantes do mercado de PCs atualmente, tomando boa parte do espaço dos desktops. Os chips Intel Core i3, i5 e i7 basicamente dominam essa fatia do mercado. Para tentar roubar esse espaço, a AMD revelou o Ryzen 5 2500U e o Ryzen 7 2700U.

Segundo a empresa, os chips não são apenas processadores; eles são APUs (sigla para “unidades de processamento acelerado”), combinando uma CPU e uma placa gráfica em um único chip.

Tanto o modelo 2500U quanto o 2700U contam com um processador Ryzen acompanhado de uma GPU Radeon Vega. A Intel chega a fazer o mesmo em seus processadores com a Intel HD Graphics e Iris, mas a AMD afirma que sua experiência com placas gráficas lhe dá uma vantagem nesse aspecto.

Os dois processadores funcionam com 15 watts com quatro núcleos e oito threads. A diferença de ambos está no clock. O 2500U funciona com uma velocidade base de 2,0 GHz (que pode chegar até a 3,6 GHz), enquanto o 2700U chega a 2,2 GHz no clock base (chegando a até 3,8 GHz). Em relação a gráficos, o 2500U oferece oito unidades computacionais Radeon Vega com clock de 1100 MHz, enquanto o 2700U tem uma frequência de 1300 MHz com 10 unidades computacionais Radeon Vega.

O problema agora é colocar esses processadores dentro dos notebooks que as pessoas compram, e isso pode ser a tarefa mais difícil. A Intel tem parcerias fortes com fabricantes de PCs, e o consumidor já está acostumado com o selinho da Intel quando compra um laptop. A AMD diz, no entanto, que fabricantes como Lenovo, HP e Acer já têm lançamentos planejados para o fim do ano e mais novidades devem ser anunciadas durante a CES 2018, que acontece em janeiro. Se a empresa realmente conseguir igualar ou superar a Intel em desempenho mantendo um preço mais acessível, os processadores Ryzen podem se tornar um sucesso nesse mercado.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital