De forma discreta, a Amazon está trazendo ao Brasil a Alexa, seu representante na já quente disputa dos assistentes pessoais. Com isso, o Google Assistente e a Siri (usado nos dispositivos com iOS, como iPhones e iPads) ganharão também por aqui um rival que já é peso-pesado nos Estados Unidos e alguns países da Europa. 

Para testar a Alexa no Brasil, a Amazon está escolhendo um pequeno grupo entre seus clientes no mercado nacional. Eles terão acesso à assistente por meio de um dispositivo não especificado pela gigante do e-commerce. Ou seja, as funcionalidades podem ser avaliadas tanto pelo Amazon Echo – o alto-falante wireless da marca que se conecta às redes Wi-Fi e é acessado via comandos de voz – ou por outro gadget, como um smartphone ou até mesmo via PC. 

Inicialmente, a Alexa oferecerá um conjunto limitado de recursos, mas novas funcionalidades serão incluídas ao longo dos testes. Nesse período, a Amazon afirma que há a possibilidade da assistente pessoal nem sempre entender o que o usuário falará, ou não responderá da maneira esperada. No entanto, a empresa diz que novos recursos serão implementados à medida que as equipes de desenvolvimento os disponibilizem em português.

Além disso, a Amazon afirma que a Alexa tende a se aperfeiçoar com o tempo. Ou seja, quanto mais o usuário interagir com ela, mais ela se adapta aos seus padrões de fala, vocabulário e preferências pessoais.

A chegada do Alexa ao Brasil mostra que Amazon, Google e Apple investirão cada vez mais na conquista de usuários para seus assistentes pessoais. De acordo com um estudo da consultoria Canalys, o número de alto-falantes inteligentes, como o Echo, o Google Home e o Apple Home podem atingir 225 milhões de unidades mundo afora até o final de 2020.

Já a Juniper Research, consultoria especializada em mercado mobile e marketing digital, prevê que o gasto publicitário com assistentes de voz atingirá US$ 19 bilhões até 2022. Para efeito de comparação, esse número é próximo ao total de investimentos em mídia feitos atualmente nos veículos impressos. 

Por fim, a RBC Capital Markets afirma que o volume de compras por voz utilizando o Alexa poderia gerar mais de US$ 5 bilhões à Amazon até 2020. 

A disputa promete…