O Megaupload 2.0 deveria ter sido lançado na semana passada; mais especificamente, na sexta-feira, 20. A data marcava o aniversário de 5 anos da operação que fechou a primeira versão do serviço de armazenamento de arquivos. No entanto, isso não aconteceu, e já sabemos o motivo.

A ideia de Kim Dotcom, fundador do primeiro Megaupload, era anunciar uma fusão com uma empresa canadense de capital aberto na bolsa de valores do Canadá que traria um capital adicional de US$ 12 milhões para o projeto. Só que na última hora a Comissão de Valores Mobiliários do país interveio e impediu o negócio.

Dotcom, claro, não ficou satisfeito, afirmando que a comissão demonstrou um viés contra a fusão e pediu informações “detalhadas e intrusivas”, mas não revela quais foram as preocupações que levaram o negócio a ser paralisado. É possível, mas não confirmado, que os vínculos com o primeiro Megaupload e toda a bagagem de processos criminais contra o serviço tenham sido o motivo.

Com os planos atrasados, Dotcom não desistiu ainda de relançar a plataforma de armazenamento de arquivos. Ele promete que tanto o Megaupload 2.0 quanto o Bitcache, que é outro serviço diretamente relacionado, verão a luz do dia.

Agora, sobre aspectos técnicos, ainda é um grande mistério como o novo Megaupload vai funcionar, e Dotcom propositalmente tem evitado entrar em detalhes sobre o tema. Ele só revelou que cada transferência de arquivo será associada a uma microtransação em Bitcoin graças ao sistema Bitcache.

Não fica muito claro como será essa união entre transferências de arquivos e Bitcoins. O usuário recebe um micropagamento por download? Ele precisará pagar por isso? Não é nenhuma das duas opções? A única explicação é que o Bitcache chega com a promessa de solucionar as limitações de escala da tecnologia blockchain, que restringem o número de transações que a rede Bitcoin pode suportar.

Via TorrentFreak