Novo jogo de Harry Potter aprende com Pokémon Go para melhorar recursos

A realidade aumentada do game deve vir otimizada e com mais recursos, para atrair usuários desde o primeiro dia
Redação22/03/2019 19h36, atualizada em 22/03/2019 21h30

20190322044519

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Apostar em realidade aumentada é uma tendência na indústria de tecnologia, mas isso não significa que convença os consumidores. Um dos principais exemplos disso é o popular jogo “Pokémon Go”, que, desde que ativou o recurso de realidade aumentada, sofre com o fato de muitos usuários desligarem a função.

Mudar esse quadro é uma das principais missões da Niantic, a desenvolvedora de “Pokémon Go”, com “Harry Potter: Wizards Unite”. O novo game, que deve ser lançado no fim do ano, é a chance da Niantic de convencer os jogadores sobre a magia da realidade aumentada.

Para isso, a companhia deve aplicar as lições do título antecessor, que obteve mais de US$ 2 bilhões em receita desde seu lançamento, em julho de 2016 — e isso foi apesar da realidade aumentada, não graças a ela. Segundo John Hanke, fundador e CEO da Niantic, as atualizações do jogo sempre tentaram convencer os jogadores a usar a tecnologia, mas o mecanismo criou dificuldades, especialmente para a captura dos bichinhos virtuais, que é uma das funções centrais do jogo.

Hanke afirma que essa foi “uma limitação da tecnologia na época”, mas está confiante de que o erro não vai se repetir em “Wizards Unite” — mesmo que também seja possível desativar a realidade aumentada nele. Ele confia que os jogadores vão abraçar a ideia desde o começo. “A realidade aumentada está três anos mais madura e é muito mais convincente agora.”

A marca “Harry Potter” provavelmente vai atrair olhares para a tecnologia. “Wizards Unite” não teve qualquer envolvimento com a autora da série de livros, J.K. Rowling, mas está recheado de nomes e rostos familiares para os fãs, de acordo com o The Wall Street Journal. O game se assemelha a um RPG, no qual os jogadores acumulam poderes ao longo do tempo.

Realidade aumentada ainda está em evolução

Realidade aumentada é um tema amplamente debatido pelas gigantes de tecnologia, como a Apple e a Microsoft. A área é tão promissora que mais de US$ 6 bilhões foram investidos em startups de realidades aumentada e virtual e visão de computador no ano passado, de acordo com a Digi-Capital LLC. Até o Google atualizou o Maps com recursos inovadores, para incentivar seu uso em aplicações de realidade aumentada.

Mesmo com a atenção do setor, a tecnologia ainda não é muito aplicada. Hanke e a Niantic reforçaram na Game Developers Conference (GDC) que desejam mudar esse quadro. Em “Wizards Unite”, a realidade aumentada será ativada por toda parte para permitir que os jogadores destravem portais para mundos virtuais ou tirem selfies na vida real com personagens digitais.

Uma prova de que a realidades aumentada mudou é que, no jogo da saga “Harry Potter”, os participantes podem andar 360° ao redor de um objeto digital. Isso não é possível em “Pokémon Go”. Hanke afirma que a Niantic está melhor preparada para lidar com muitos jogadores desde o primeiro dia. “Levamos um tempo para recuperar o atraso, mas temos bons mecanismos para as pessoas se comunicarem conosco agora”, comenta.

Além disso, a empresa aprimorou a tecnologia de mapas e vai concentrar os pontos do jogo em locais favoráveis à circulação de pedestres. Para ele, “Pokémon Go” trouxe as bases para games com realidade aumentada e, agora, todos já estão acostumados a ver jogadores em público. “Estou feliz que não seja mais uma novidade.”

Fonte: The Wall Street Journal

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital