Nova tecnologia permite que Netflix e YouTube carreguem 40% mais rápido

Renato Santino28/03/2018 19h23, atualizada em 28/03/2018 19h30

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Megaprojetos

Se, como a maior parte dos brasileiros, sua internet não é lá muito rápida, essa novidade será bem-vinda para você: a tecnologia de compressão de vídeo AV1 teve sua primeira versão finalizada, e já está pronta para ser utilizada pelo seu serviço de streaming preferido, incluindo Netflix e YouTube.

Em termos mais leigos, trata-se de uma tecnologia que permite que os vídeos fiquem mais leves sem causar tanta perda de qualidade. Isso significa que você pode assistir a vídeos em uma resolução mais alta sem precisar aumentar a velocidade da sua conexão.

Segundo a AOM (Alliance for Open Media), a organização que reúne gigantes como Google, Microsoft, Amazon, Facebook e Netflix, a AV1 é capaz de igualar a qualidade de imagem das tecnologias que dominam o mercado atualmente (HEVC e VP9) utilizando entre 30% e 40% a menos de espaço, o que é altamente vantajoso para serviços de streaming.

O avanço da compressão de vídeo é necessário em uma era em que já se começa a falar em que as TVs 4K começam a se tornar padrão, e o streaming de vídeo começa a acompanhar essa tendência. Sem uma compressão eficiente, esses vídeos se tornariam pesadíssimos, e só poderiam ser assistidos em conexões ultravelozes. Com o AV1, no entanto, já é possível começar a pensar em realizar streaming em 4K em conexões mais modestas como vemos no Brasil.

Velocidade é só uma parte da equação. Com os vídeos menores, a realização do streaming também consome menos dados, o que abre mais espaço para que usuários com conexões limitadas aproveitem melhor serviços como YouTube e Netflix. Isso dá mais liberdade para fazer streaming por conexões 4G no celular, ou então em redes domésticas com planos limitados.

Uma outra vantagem do AV1 sobre as tecnologias de compressão é que ele tem o código aberto, com uso livre de royalties. Isso cria um cenário extremamente favorável à sua adoção como padrão entre serviços de streaming, já que os avanços que a tecnologia HEVC eram limitados pela dificuldade de adoção, já que era necessário pagar uma empresa para usar essa plataforma.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital