A UltraSense Systems revelou uma nova tecnologia de ultrassom que promete aprimorar o ramo. A novidade fornece uma superfície sensível ao toque a partir de qualquer material comum, como metal, vidro, madeira ou plástico, que pode integrar diversos aparelhos tecnológicos. Segundo a empresa, o sistema é alocado em um chip, aproximadamente do tamanho da ponta de uma caneta. 

Além disso, a UltraSense apontou que o modelo é econômico, pronto para ser integrado aos dispositivos que serão consumidos em 2020 e potencialmente capaz de criar uma “mudança de paradigma para interfaces de toque”. Os chips de ultrassom podem trabalhar com qualquer espessura de material, e não são deteriorados por causa de umidade, óleo ou loção. 

“Vimos uma mudança na maneira como interagimos com nossos dispositivos, onde o digital substituiu o mecânico, e a mudança para botões virtuais e gestos de superfície está acelerando”, disse Mo Maghsoudnia, fundador e CEO da UltraSense Systems. “O uso do ultrassom nas interfaces de usuário por toque não foi implementado de uma maneira tão nova até o momento”. 

As interfaces de toque podem ser adicionadas aos relógios inteligentes e equipamentos de realidade virtual e realidade aumentada, de acordo com a fabricante. Outra forma de usá-las é através de carros, já que a tecnologia também pode ser incorporada aos veículos. 

Além de todas as versatilidades destacadas, a novidade também funciona com pouco consumo de energia, não exige um processador separado e pode ser utilizada ao toque de luvas ou em casos em que o aparelho está encoberto. 
 
Apesar de tantos atrativos que podem ser significantes para o avanço da medicina, ainda é cedo para saber como o dispositivo responderá na prática do dia a dia. A tecnologia é similar à usada em sensores de impressão digital ultrassônica, instalados no Galaxy S10 e Galaxy Note 10, ambos da Samsung. No caso dos celulares, as varreduras ultrassônicas são usadas para mapear os contornos de uma impressão digital e detectar pressão no vidro da tela.