Várias companhias com sede na área da baía de San Francisco, na Califórnia, correm o risco de verem seus prédios milionários serem inundados devido ao aquecimento global. E quem provavelmente enfrentará mais problemas será Mark Zuckerberg.

O Facebook possui um campus novo na região que tem quase 40 mil metros quadrados e pode ser preenchido com 2,8 mil funcionários. A proximidade do empreendimento com a água pode fazer com que ele seja uma das primeiras vítimas da elevação dos níveis do mar, segundo prevê a Bay Conservation and Development Commission.

“O Facebook está muito vulnerável”, afirmou a planejadora Lindy Lowe ao The Guardian. “Eles construíram em um sítio muito baixo – eu não sei por que eles decidiram construir lá. O Facebook pensa que pode pagar o suficiente para se proteger.”

O prédio começará a encarar inundações temporárias, o que pode até ser combatido, mas o problema maior é que as ruas de acesso à sede também serão invadidas por água. “Veremos quão dedicados eles são àquela sede”, comentou a cientista.

O local já foi construído acima da linha do mar, mas mesmo as projeções mais otimistas – segundo as quais o nível do mar subirá 48 centímetros até o fim do século – mostram que a sede ficará debaixo d’água. Em algumas décadas as ruas já estariam sofrendo tanto com alagamentos que as operações do Facebook ficariam comprometidas.

A empresa não é a única que tem de se preocupar com a situação. Google, Cisco, Salesforce e Airbnb estão entre as que provavelmente terão de repensar suas sedes. Prevê-se que o equivalente a US$ 100 bilhões de dólares em empreendimentos imobiliários estejam em risco na região.