À revelia do Departamento de Defesa, a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) deve aprovar uma nova rede celular 5G e de Internet das Coisas. A preocupação é de que o uso da faixa de frequência que a rede sem fio irá operar possa interferir nos serviços do Sistema de Posicionamento Global (GPS).

“Embora eu aprecie as preocupações levantadas por certas agências do Poder Executivo, é dever da Comissão tomar uma decisão independente com base em engenharia. E com base na análise técnica minuciosa feita por nossa equipe de especialistas, estou convencido de que as condições descritas neste projeto permitiriam à Ligado avançar sem causar uma interferência prejudicial”, afirmou o presidente da FCC, Ajit Pai.

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Ligado Networks é uma empresa de telecomunicação que quer explorar o espectro de 1,6 GHz na tentativa de lançar serviços de rede 5G. A declaração do presidente da FCC veio no contexto de um pedido de aprovação de Ajit Pai aos outros comissários para as condições para que a Ligado possa implantar uma rede nacional terrestre de baixa potência na Banda L que apoiaria principalmente os serviços 5G.

A FCC disse que seu pedido preliminar “garantiria que as operações de banda frequência adjacentes, incluindo GPS, sejam protegidas contra interferências prejudiciais”. Pai disse que a FCC “compilou um registro extenso, o que confirma que é do interesse público conceder a solicitação da Ligado e impor condições rigorosas para evitar interferências prejudiciais”.

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A empresa planeja usar uma mistura de comunicações por satélite e terrestres em sua rede, e assim evitar um confronto direto com a Verizon, AT&T e T-Mobile por clientes. A Ligado planeja fornecer redes privadas personalizadas para empresas, serviço para dispositivos da Internet das Coisas e sistemas não tripulados, além de conectividade para outros casos de uso comercial e governamental.

No fim do ano passado, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, enviou uma carta ao presidente da FCC afirmando que “existem muitas incógnitas e os riscos são grandes demais para as operações federais para permitir que o sistema proposto pela Ligado prossiga. Todos os testes e dados técnicos independentes e cientificamente válidos mostram potencial de interrupção e degradação generalizada dos serviços de GPS. Isso pode ter um impacto negativo significativo nas operações militares, tanto em tempos de paz quanto em guerra”.

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Via: ArsTechnica