Memórias RAM da nova geração terão o dobro de velocidade; saiba o que esperar

Renato Santino04/04/2017 00h41

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Novas memórias RAM estão a caminho do mercado com o dobro de velocidade do atual padrão, DDR4. A JEDEC, organização que define padrões de memória para computador, já anunciou que pretende começar a demonstrar a nova tecnologia em junho deste ano para torná-la pronta para o uso em 2018.

O padrão DDR5 pode ser um grande salto em comparação com o que existe atualmente. A tecnologia promete o dobro de largura de banda para memória e densidade do que o DDR4 oferece, além de consumir menos energia. A organização, no entanto, não deu detalhes sobre números.

Apesar de 2018 ser o ano em que o DDR5 estará pronto, deve demorar mais alguns anos para que as novas memórias possam ser aproveitadas. Isso se deve ao fato de que controladores em processadores precisam ser atualizados para suportar a nova tecnologia. O problema disso é que estes chips demoram entre dois e três anos para serem desenvolvidos do zero. Ou seja: se as novas memórias estiverem prontas para serem usadas em 2018, o hardware compatível com elas só deve estar disponível a partir de 2020, em uma previsão otimista.

O site Ars Technica faz uma comparação com a introdução das memórias RAM DDR4, que foram finalizadas em 2012, mas só começaram a estar disponíveis para o consumidor em 2015, quando os processadores compatíveis começaram a aparecer.

Fica a questão de quão importante ainda será a memória RAM no momento em que o DDR5 se tornar mainstream. Recentemente, a Intel introduziu os primeiros drives Optane, que tentam combinar a densidade, capacidade e a não-volatilidade do SSD com velocidade que se aproxima do que a memória RAM oferece.

Há muito tempo que os PCs funcionam da mesma forma. O drive guarda um grande volume de dados, mas a memória RAM alimenta o processador por ter maior velocidade, com o ponto negativo de que as informações da RAM desaparecem quando um programa é fechado ou quando o computador é desligado. Se o vão de desempenho entre as duas tecnologias for fechado, a RAM pode estar com os dias contados.

[Ars Technica]

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital