Notebooks na era da sustentabilidade

Como consumidores e fabricantes de notebooks podem reduzir o lixo eletrônico
Redação03/12/2018 17h23, atualizada em 03/12/2018 18h30

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Os notebooks são equipamentos com configurações complexas, mas que levam poucas horas para serem fabricados. Mas quanto tempo será que levam para se decompor na natureza depois que já não atendem mais as necessidades do usuário?

Como outros dispositivos eletrônicos, os notebooks são compostos por plástico, vidro, metais como chumbo, cádmio e mercúrio, substâncias altamente poluentes. Quando são descartados, os notebooks viram e-lixo, mais conhecido como lixo eletrônico, que levam milhares de anos para se decompor. Mas você sabe o que é lixo eletrônico? Como qualquer outro resíduo descartado na natureza, esse é um grande vilão, já que engloba produtos eletrônicos como notebooks, celulares, tablets, televisores, e, como geram alta demanda de atualizações tecnológicas, não são reaproveitados.

Segundo relatório divulgado pela ONU e a União Internacional de Telecomunicações, no último ano foram geradas 44,7 milhões de toneladas de lixo eletrônico em 2016, um aumento de 8% desde 2014, além de apenas 20% dos resíduos eletrônicos terem sido reciclados. Ademais, os especialistas preveem aumento de 17% no descarte dos resíduos eletrônicos até 2021.

No Brasil, existe uma lei desde 2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que tem entre as várias metas exigir o gerenciamento de resíduos de empresas e órgãos públicos, proteger a saúde e o meio ambiente e incentivar a reciclagem e reutilização. Entretanto, essa lei ainda não foi implementada completamente e não recebeu ações práticas efetivas em âmbito nacional.

Então quais são as atitudes que podem ser tomadas para tentar amenizar essa situação e prolongar a vida útil do equipamento? Um dos primeiros passos é tomar algumas medidas na conservação:

• Evitar quedas ou batidas;
• Utilizar uma proteção na hora de transportá-lo;
• Limpar de tempos em tempos para retirar sujeiras e pó que podem danificar componentes;
• Evitar exposição ao Sol, não deixar em locais muito quentes;
• Não consumir líquidos ou comida próximo ao notebook;
• Não colocar em locais que bloqueiam a ventilação;

Outro ponto muito importante é, na hora da compra, se possível, escolher o aparelho com as especificações mais modernas existentes no mercado para que não fique obsoleto rapidamente. Mesmo depois de tudo isso, se for necessário descartar, existem algumas possibilidades como: doar para instituições ou escolas, procurar um centro de reciclagem de lixo eletrônico, ou empresas que compram sucata de eletroeletrônicos e fazem o descarte de forma ecologicamente correta.

As empresas de tecnologia também começaram a oferecer opções de aparelhos com menor impacto no ambiente. Uma das soluções existentes lá fora é um notebook com estrutura biodegradável e reciclável, produzido por uma empresa irlandesa. A carcaça é feita de madeira e as peças são livres de metais pesados e químicos prejudiciais. O design foi pensado para que seja possível a substituição de peças individuais que precisam ser atualizadas de acordo com os avanços tecnológicos, evitando assim que o aparelho fique antigo. Acessórios como teclados e mouses também são feitos de madeira sustentável. No Brasil as opções ainda são poucas, mas já existe no mercado um monitor sustentável que consome menos energia por utilizar LED e que é isento de mercúrio e arsênio, além de ter embalagem reduzida, consumindo menos papel.

A maioria das fabricantes de notebooks que atuam no mercado brasileiro hoje oferecem suporte para o descarte de seus produtos eletrônicos, mas a tendência é que os avanços dessa indústria na área de responsabilidade ambiental sejam cada vez maiores. Com a quantidade de inovações tecnológicas anunciadas todos os dias, o problema do lixo eletrônico (e comum também) é urgente e deve receber bastante atenção.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital