Há alguns meses, os Estados Unidos estão proibindo as pessoas provenientes de países do Oriente Médio de embarcarem nos aviões com dispositivos móveis maiores que os smartphones, o que significa que notebook precisam ser despachados junto com a bagagem. Agora chegou a vez da Europa entrar na lista de restrições.

Segundo o governo norte-americano, as medidas visam a segurança dos passageiros, uma vez que os notebooks podem ser usados para esconder explosivos. Em 2015 e 2016 foram registradas duas bombas dentro das cabines, uma no voo russo Metrojet, que estava saindo do Egito, e outra no Daallo Airlines, na Somália.

Os notebooks entraram na mira da luta contra o terrorismo porque os equipamentos de raio X não são capazes de distinguir um material explosivo de uma bateria e parte dos produtos usados não são detectados pelos cães de guarda. Além disso, o fato de o equipamento ser maior que um smartphone, permite esconder uma quantidade de explosivos maior.

Sendo despachado com o resto da bagagem, o criminoso precisaria acionar remotamente a bomba e as chances de falhas por conta de interferência são maiores. A bomba também poderia ficar embaixo de outras malas, o que evitaria danos maiores caso fosse acionada, enquanto que na cabina é possível causar uma rápida despressurização se o equipamento estiver perto de uma janela.

No entanto, os passageiros podem esperar por um aumento no número de notebooks roubados, perdidos ou danificados caso sejam obrigados a despachar os seus dispositivos móveis.

[Übergizmo]