Na semana passada, um pesquisador de segurança e assinante da Netflix publicou em seu Twitter uma descoberta inusitada sobre o serviço de streaming. O perfil “Beto on Security” compartilhou na rede social que o aplicativo da Netflix em seu celular Android solicitou acesso aos dados de atividade física armazenados no seu aparelho.

O usuário publicou uma captura de tela do pedido da empresa e a questionou, dizendo: “Ei Netflix, por que seu aplicativo Android quer dados de atividade física?”.

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Intrigado com a publicação, o colaborador do site The Next Web, Ivan Mehta, procurou no aplicativo da Netflix em seu celular Pixel 3 XL as permissões de acesso que a empresa solicita. Então, ele percebeu que o compartilhamento de seus dados de atividade física estava ativado sem aviso ou pedido prévio da plataforma. “É estranho que um serviço de streaming de vídeo queira saber se você está andando ou correndo”, escreveu ele.

Procurada por Mehta, a companhia de streaming explicou que o uso de dados de atividade física do cliente faz parte de um teste para melhorar a qualidade de reprodução de vídeo com base na atividade de um usuário. Ela garantiu ainda que não tem planos para lançar o recurso por enquanto.

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“Estamos continuamente testando maneiras de proporcionar aos nossos clientes uma experiência melhor. Isso foi parte de um teste para ver como podemos melhorar a qualidade da reprodução de vídeo quando um usuário está em movimento. Apenas algumas contas estão em teste e atualmente não temos planos para lançar isso [o uso de dados de atividade física]”, esclareceu a empresa.

Reprodução

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Os testes da Netflix podem estar se baseando na função de “permissão de reconhecimento de atividade”, que, como mostram as versões betas do Android 10 Q, estaria presente na atualização do sistema operacional. O recurso permite que desenvolvedores identifiquem se o usuário costuma usar um serviço enquanto faz alguma atividade física (desde andar até praticar exercícios). 

É possível que a Netflix use esses dados para descobrir como pré-carregar um vídeo para que a reprodução não seja interrompida – por falhas de conexão – enquanto o usuário estiver em movimento. Porém, não se sabe exatamente o que a empresa pretende fazer com essas informações.

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Via: The Next Web