Napster é vendido por US$ 70 milhões para startup de shows virtuais

A compra foi feita pela startup MelodyVR, de transmissão de shows em realidade virtual. Segundo um executivo da empresa, a aquisição tem como intuito lançar um serviço de streaming inédito
Flávio Pinto30/08/2020 16h19, atualizada em 30/08/2020 20h00

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Após anos de ostracismo, o nome Napster voltou a ser notícia esta semana. Segundo o jornal britânico The Guardian, o tradicional software de compartilhamento de arquivos foi vendido para a startup de shows online MelodyVR. A aquisição foi feita por um valor surpreendente de R$ 377 milhões (em torno de US$ 70 milhões).

A MelodyVR trabalha com filmagem e transmissão de shows em realidade virtual. The Chainsmokers, Cypress Hill e Emeli Sandé são alguns artistas que já tiveram seus concertos exibidos pela plataforma. Com a aquisição, a empresa deverá assumir total controle da Rhapsody International, responsável por operar o Napster, além de assumir seus 3 milhões de usuários e sua biblioteca com mais de 90 milhões de faixas licenciadas.

Segundo o executivo-chefe da MelodyVR, Anthony Matchett, a compra do Napster nasceu com o intuito de apresentar um serviço de música inédito. “Resultará no desenvolvimento da primeira plataforma de entretenimento musical que combina conteúdo visual imersivo e streaming de música”, ele comenta.

shutterstock_698140705.jpgSegundo um executivo do MelodyVR, a aquisição foi uma decisão estratégica para montar uma plataforma de streaming inédita. Créditos: Shutterstock

A empresa também montou estúdios em Londres e Los Angeles para ceder espaço aos shows dos artistas. Mais de 100 artistas fizeram shows de realidade virtual até o momento.

História do Napster

Fundado em 1999 pela dupla Shawn Fanning e Sean Parker, o Napster foi um dos primeiros serviços de compartilhamento de música e outros arquivos. Segundo especialistas, a plataforma foi um dos grandes responsáveis por sepultar o mercado de CDs no início dos anos 2000.

Em sua trajetória, o Napster também se envolveu em polêmicas judiciais: a banda Metallica chegou a colocar a processar o serviço por facilitar a infração de direitos autorais. Foi o primeiro caso que envolveu um artista processando uma empresa de software de compartilhamento de arquivos. O processo seguiu até 2002, quando o Napster entrou com pedido de falência.

Mais tarde, a empresa também foi comprada pelo Roxio e pela Best Buy, passando para a Rhapsody International em 2016.

Via: The Guardian

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Flávio Pinto é analista de seo no Olhar Digital