Uma moradora de Washington DC está processando a Uber por negligência e violações de proteção ao consumidor, depois de ter sido sexualmente agredida por um dos motoristas da empresa. O acusado é Raul E. Rodriguez Vasquez, que em 1º de abril de 2018, de acordo com documentos judiciais, teria cometido o crime. A mulher não quer ser identificada, mas contou o ocorrido a uma assistente social que contatou a polícia e está buscando uma indenização de US$ 10 milhões.
Seguindo o procedimento legal do país, foram coletadas evidências de DNA que ligam Vasquez ao caso. A vítima alega que a Uber “violou seus deveres” como cliente ao não “avisar sobre o risco que seus serviços representam para as mulheres e, em particular, para as aquelas que consomem álcool”. Após a repercussão, o motorista se declarou culpado da acusação de abuso sexual e está preso.
No ano passado, a CNN informou que pelo menos 103 motoristas da Uber nos EUA foram acusados de agredir sexualmente ou abusar de seus passageiros durante um período de quatro anos. Pelo menos 31 condutores foram condenados por crimes que vão desde toques violentos até estupros, e dezenas de processos criminais e civis estão pendentes.
Esse caso é apenas o mais recente exemplo do problema contínuo da Uber com agressão sexual e abuso por parte dos motoristas. A empresa está envolvida em muitas alegações de assalto e assédio, tanto entre motoristas quanto entre os próprios funcionários. Susan Fowler, engenheira da companhia, escreveu um ensaio amplamente lido em que descreveu vários incidentes de assédio e retratou a cultura corporativa da Uber como tóxica para as mulheres. A medida tomada foi a realização de uma investigação, que resultou em dezenas de funcionários demitidos.
Agora, a empresa está buscando algumas ações e adicionando recursos ao aplicativo, incluindo um botão de pânico para os usuários contatarem diretamente o 190. Nenhum porta voz da Uber se pronunciou a respeito deste caso.
Via: The Verge