Apesar de o Google ter prometido melhorias em seu algoritmo de recomendações, críticos afirmam que não é possível avaliar o progresso. Um deles é a Mozilla. O dono da Firefox decidiu, então, desenvolver uma nova extensão. Com ela, o usuário “doa” suas recomendações para que pesquisadores possam entender como funciona o algoritmo.

A extensão chama “RegretsReporter” e está disponível tanto para o Firefox quanto para o Chrome. Com ela ativada, as sugestões são enviadas de forma anônima para especialistas externos poderem estudá-las. “À medida que você navega no YouTube, a extensão enviará automaticamente dados sobre quanto tempo você passa na plataforma, sem coletar nenhuma informação sobre o que você está assistindo ou pesquisando”, destacou Ashley Boyd, VP de Advocacy da Mozilla.

Além disso, os usuários serão encorajados a relatar recomendações problemáticas, bem como descrever qual conteúdo levou a elas.

ReproduçãoExtensão pode ser instalada tanto no Firefox quanto no Chrome. Foto: Reprodução

O objetivo final é entender que tipo de conteúdo leva o YouTube a sugerir conteúdo violento, racista ou conspiratório, além de identificar padrões que possam desencadear as sugestões. Depois, a Mozilla vai compartilhar as descobertas para que qualquer um possa estudá-la.

O maior problema, porém, é que a empresa vai precisar de uma grande quantidade de usuários para que o estudo tenha eficiência. Apesar disso, caso seja um sucesso, a Mozilla pode realmente ajudar o YouTube a melhorar seu algoritmo e cumprir com sua promessa.

Bloqueio de downloads automáticos

Em mais um passo para o aprimoramento da proteção ao usuário, a Mozilla anunciou que o Firefox contará com novos recursos de segurança capazes de bloquear downloads automáticos de páginas infectadas com malware. O mecanismo deverá ser lançado em outubro e estará disponível no Firefox 82 — próxima atualização do browser.

Chamado de drive-by download, esse tipo de ataque geralmente ocorre quando um usuário acessa uma página contendo um código malicioso (em forma de scripts) inserido por um cibercriminoso. Assim que a página é visitada, o código se aproveita de falhas de segurança dos navegadores padrões e “força” um download automático.

Via: Engadget