A Lenovo pode afirmar que a Motorola não mudou muito sob sua batuta, mas há pelo menos uma coisa que não é mais a mesma da época em que a companhia operava sob o guarda-chuva do Google: atualizações do Android. A empresa, que hoje é uma marca, perdeu a agilidade que tinha no passado (chegou a atualizar seus celulares antes mesmo dos Nexus) e não se compromete a disponibilizar atualizações mensais de segurança para seus aparelhos.
No ano passado, o Google se juntou com várias fabricantes para criar uma espécie de pacto após ser descoberto um bug que afetava praticamente todas as versões do sistema. A empresa iria liberar atualizações de software mensais para corrigir problemas de segurança, as fabricantes se prontificariam a disponibilizá-las aos usuários o mais breve possível para evitar a disseminação de falhas graves. Entre as empresas que entraram nesta barca estão LG e Samsung, por exemplo.
No entanto, a Motorola/Lenovo ficou de fora, o que significa que os novos Moto G4 e o Moto Z serão atualizados mensalmente. Em contato com o Ars Technica, a empresa já confirmou que prefere juntar vários pacotes de atualização para liberá-los de uma só vez, no lugar de dispará-los uma vez a cada mês.
“Nós nos esforçamos para liberar patches de segurança o mais rápido possível. No entanto, por causa da quantidade de testes e aprovações necessárias para lança-los, é difícil fazer isso mensalmente para todos os nossos aparelhos. É normalmente mais eficiente para nós unir atualizações de segurança em um ‘release de manutenção’ ou atualização do sistema operacional”, afirma o comunicado da companhia.
Como nota o Ars Technica, a empresa tem adotado um ritmo de atualização trimestral. Os aparelhos de 2015, como o Moto X Style, passaram os últimos meses parados na atualização de fevereiro, mas em julho deste ano receberam o update para o pacote de maio. O Moto Z que já está nas mãos da imprensa no exterior também está usando o patch de segurança de maio, o que significa que ele já está defasado em dois meses.