MIT desenvolve nova maneira de repelir água

Os engenheiros projetam superfícies que desviam as gotas para longe, impedindo potencialmente seu congelamento ou imersão
Redação02/07/2019 13h31, atualizada em 02/07/2019 15h05

20190702102921

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Um estudo realizado por pesquisadores do MIT mostrou uma nova abordagem para minimizar o contato entre gotículas de água e superfícies. O principal objetivo é impedir que o gelo se acumule em uma asa de avião ou uma lâmina de turbina eólica, evitar a perda de calor de uma superfície durante a chuva e impedir o acúmulo de sal em superfícies expostas à beira-mar.

Diversos engenheiros já tentaram achar algo que minimizasse o contato de líquidos com as superfícies sobre a qual eles caem. Embora tentativas anteriores tenham se concentrado em reduzir a quantidade de tempo que a gota passa em contato com a superfície, o novo método focaliza a extensão espacial do contato, tentando diminuir a área afetada pela gota.

A chave do processo, é a criação de uma série de formas de anéis na superfície do material, que fazem com que a gota vá para cima em um padrão em forma de tigela, ao invés de se espalhar horizontalmente pela superfície.

A equipe iniciou uma série de experimentos que demonstraram que anéis do tamanho certo, cobrindo a superfície, espalham a água e tem um efeito positivo. Mas se os anéis forem muito grandes ou muito pequenos em comparação com o tamanho das gotas, o sistema se torna menos eficiente ou não funciona.

“A ideia de reduzir a área de contato através da formação de ‘waterbowls’ tem um efeito muito maior na redução da interação global do que reduzindo o tempo de contato sozinho”, diz o professor de engenharia mecânica Kripa Varanas. Quando a gota começa a se espalhar dentro do anel, assim que atinge a borda começa a se desviar. Seu impulso é redirecionado para cima, e embora acabe se espalhando para fora, ele não está mais em contato com a superfície.

Além de manter o gelo afastado das asas dos aviões, o novo sistema pode ter uma grande variedade de aplicações, dizem os pesquisadores. Por exemplo, tecidos impermeáveis podem ficar saturados e começar a vazar quando a água preenche os espaços entre as fibras, mas quando tratados com a nova técnica, os tecidos mantiveram a capacidade de repelir água por mais tempo e tiveram melhor desempenho geral.

Via: MITNews

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital