O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) se uniu a outras faculdades e cortou laços com as empresas chinesas Huawei e ZTE — pelo menos enquanto são investigadas pelo governo norte-americano sob a acusação de espionagem.

Maria Zuber, vice-presidente de pesquisa da instituição, divulgou a decisão em uma carta. Ela descreveu o novo processo de revisão de projetos internacionais de “risco elevado”.

“O MIT não está aceitando novos compromissos ou renovando contratos existentes com a Huawei e a ZTE ou suas respectivas subsidiárias devido à investigações federais sobre violações de restrições e sanções”, escreveu. “O Instituto revisitará colaborações com essas empresas conforme as circunstâncias o exigirem”.

O texto também observa que as colaborações com a China, a Rússia e a Arábia Saudita – países que mantiveram relações com os EUA – estariam sujeitas a revisões adicionais.

Tanto a ZTE quanto a Huawei estão sujeitas ao escrutínio dos Estados Unidos por trabalhar com o governo chinês e, potencialmente, usar seus equipamentos para espionar os norte-americanos. Em janeiro, o Departamento de Justiça entrou em embate judicial com a Huawei, além de ter pedido a extradição da CFO da empresa em dezembro do ano passado, após ela ser presa no Canadá – e liberada posteriormente. As 23 acusações referem-se a roubo de propriedade intelectual, obstrução de justiça e uso de fraude para  burlar as sanções dos EUA contra o Irã.

O movimento do MIT é o mesmo adotado por outras instituições educacionais, como a Universidade da Califórnia e a Universidade de Wisconsin Madison. Elas abriram mão dos equipamentos da Huawei, ZTE e outros fornecedores chineses em resposta ao presidente Donald Trump e à Lei de Autorização de Defesa Nacional, de agosto passado. Ela proíbe os financiadores federais de usar equipamentos de certas empresas.

Nem a Huawei nem a ZTE responderam imediatamente às solicitações de comentários.