As 2 milhões de doses de hidroxicloroquina doadas pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil ainda continuam paradas em São Paulo, e o ministro-interino da saúde, Eduardo Pazuello, acredita que as pílulas deverão ser destruídas.
As a doctor, I find it appalling that you all degrade our profession by masquerading as frontline doctors and peddling a miracle cure. Everyone is desperate to end this pandemic but taking advantage of people’s desperation and giving false hope without solid evidence is cruel!
— Dr Jennifer Zimmerman (@DrJMZimmerman) August 3, 2020
Renato Strauss, porta-voz do Ministério da Saúde, disse que as pílulas estão armazenadas em um centro de logística. Strauss não tem explicações do porquê o medicamento ainda não ter sido distribuído. De acordo com o porta-voz do ministério da saúde, Arnaldo Correia, a Anvisa (órgão regulador da saúde no Brasil), o processo para distribuição do medicamento foi autorizado na semana passada. Mas o destino delas deve ser outro.
Foram doadas 2 milhões de doses de hidroxicloroquina ao Brasil, mesmo sem comprovações de eficácia no tratamento contra o coronavírus. Créditos: Unsplash/Reprodução.
Sem eficácia comprovada
As pílulas poderão ser destruídas devido a falta de eficácia comprovada no tratamento contra a Covid-19, com estudos apontando inclusive que o medicamento pode causar danos aos pacientes. Contudo, o presidente Jair Bolsonaro mantém a posição de que a hidroxicloroquina colaborou no seu tratamento da doença causada pelo vírus.
As remessas de hidroxicloroquina chegaram em território brasileiro no dia 31 de maio. Na época, o governo norte americano disse que o medicamento era ineficaz contra a Covid-19, mas que poderia “ajudar profissionais da saúde” no Brasil.
Fonte: CNN World