Num evento voltado para desenvolvedores realizado neste fim de semana, nos EUA, a Microsoft deu mais detalhes sobre a próxima versão do seu headset de realidade aumentada. A principal novidade é que o HoloLens 2.0, ainda sem data para sair, virá com um processador dedicado a tarefas de inteligência artficial.
Redes neurais, capazes de processar dados de forma quase autônoma, são uma parte muito importante do HoloLens. Semelhante ao cérebro humano, essa tecnologia permite que o headset compreenda o ambiente do usuário, reconheça objetos e até comandos de voz.
Na atual versão do HoloLens, tudo isso é feito pela internet, com uma conexão entre o dispositivo e um servidor externo da Microsoft. A promessa de Marc Pollefeys, diretor de ciência da equipe do HoloLens, segundo o site MSPowerUser, é de que a próxima geração do headset será mais independente.
Com um chip dedicado a aplicações de inteligência artificial, o HoloLens poderá fazer todo esse trabalho de reconhecimento de imagens e áudio internamente, sem precisar enviar dados a um servidor pela web. Isso fará com que as aplicações de realidade aumentada, ou “realidade mista”, como prefere a Microsoft, funcionem bem mais rápida e eficientemente no novo headset.
A Microsoft também disse que o HoloLens 2.0 virá com uma placa óptica “melhorada”, mas não quis dar detalhes sobre o que isso significa. A expectativa é de que essa nova placa aumente o campo de visão para o usuário – isto é, a área em que as aplicações de realidade aumentada de fato são visíveis. Afinal, este foi o ponto que mais atraiu críticas no primeiro HoloLens.
Vale lembrar também que o dispositivo não está à venda ao público consumidor, mas apenas para empresas e equipes de desenvolvimento que queiram experimentar o “beta” do aparelho. O mesmo vai valer para o HoloLens 2.0, pelo menos num primeiro momento. Além disso, apenas um seleto grupo de países tem acesso a esse dispositivo, e o Brasil não está incluído por enquanto.