Microsoft quer criar PCs ‘sempre conectados’ com processadores x86

Daniel Junqueira07/12/2017 14h26, atualizada em 07/12/2017 14h30

20170713113624

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Microsoft anunciou, em parceria com a Qualcomm, a primeira linha de notebooks com processadores ARM Snapdragon. Eles fazem parte de uma visão que a Microsoft tem para o futuro dos PCs: eles estarão sempre conectados, assim como o smartphone que está no seu bolso.

A ideia é que seu notebook fique o dia inteiro conectado a uma rede Wi-Fi. Se você não estiver em casa, ele busca uma rede pública, ou então uma conexão LTE. Além disso, vai ser fácil retomar uma atividade no computador: ele sai do modo de suspensão imediatamente sempre que o usuário quiser.

Para o pontapé inicial no conceito de “sempre conectado”, a Microsoft escolheu os processadores Snapdragon 835 usados em smartphones pela combinação de desempenho e consumo de energia, além do uso do modem Qualcomm X16 LTE, que, em comunicação com uma boa rede móvel, é capaz de transferir dados a velocidades na casa dos gigabits.

Mas outros processadores também estão sendo considerados pela Microsoft, como os da Intel e da AMD, segundo o Ars Technica. Mesmo não sendo processadores ARM, alguns dos modelos oferecidos pelas empresas usam o mesmo modem da Qualcomm do Snapdragon 835, o que faz deles chips indicados para o futuro idealizado pela Microsoft.

Em um evento para fabricantes de hardware, a Microsoft fez uma apresentação na qual previu que, a partir de 2018, processadores x86 vão ganhar uma capacidade que é bastante característica dos modelos ARM: eles vão “acordar” instantaneamente. Assim como um smartphone com a tela desligada volta a funcionar quase que imediatamente com o pressionar de apenas um botão, o mesmo vai acontecer com alguns computadores de 2018 com processadores x86.

Resta saber até que ponto o conceito de “sempre conectado” vai funcionar de acordo com o planejado, ou se o recurso não vai trazer tantos benefícios ao usuário quanto a Microsoft pretende. As primeiras máquinas do tipo vão ser lançadas lá fora em breve, e a partir daí poderemos ver se o futuro idealizado pela Microsoft tem potencial de se tornar realidade.

Ex-editor(a)

Daniel Junqueira é ex-editor(a) no Olhar Digital