Microsoft quase lançou Lumia sem bordas em 2014; conheça o protótipo

Renato Santino09/10/2017 17h40, atualizada em 09/10/2017 18h00

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Se pudermos resumir a principal tendência para os smartphones de 2017 em duas palavras, elas seriam “bordas mínimas”. No entanto, surgiu nesta semana evidência de que a Microsoft poderia ter se antecipado ao mercado em pelo menos três anos, lançando um celular sem bordas em 2014.

O aparelho em questão é o Lumia 435, que foi lançado com bordas. No entanto, o site Windows Central conseguiu colocar as mãos em um protótipo totalmente funcional que revela que o plano da empresa era lançá-lo com bordas mínimas, deslocando a câmera de selfie para parte inferior do painel frontal. Não é nada muito diferente dos celulares que vemos em 2017, como é o caso do Xiaomi Mi Mix 2, que adota a mesma solução para sua “tela infinita”.

Curiosamente, o Lumia 435 não é um top de linha, nem chega perto disso. Tradicionalmente, grandes renovações visuais surgem nos modelos carro-chefe, mas a Microsoft subverteu essa lógica. O aparelho seria um modelo de entrada bastante básico, que era a faixa de preço onde os modelos Lumia costumavam atrair mais público, uma vez que os Androids de baixo custo ofereciam uma experiência péssima de uso e simplesmente não havia iPhones para disputar mercado.

O aparelho vinha com o sistema operacional Windows Phone 8.1, com tela de 5 polegadas com resolução 1280×720. O aparelho contava com um processador Snapdragon 200, com 1 GB de memória RAM, enquanto a câmera traseira fazia fotos de 5 megapixels. A bateria era de 1.800 mAh e as dimensões ficavam na casa de 126,72 mm x 67,78 mm x 9,25 mm.

Reprodução

A análise feita pelo Windows Central nota que o aparelho, se tivesse sido lançado neste formato, poderia ter sido um sucesso. “As pessoas em busca de um aparelho barato teriam amado o Lumia 435, mesmo rodando o Windows Phone 8.1. Em 2014, o Windows Phone ainda estava razoavelmente bem, e as pessoas não estavam tão céticas ao comprar um, especialmente por US$ 200”, nota o jornalista Zac Bowden.

“Ele tem uma boa bateria, boa tela, um design único ao mesmo tempo que ainda tem a distinta marca Lumia”, segue a análise, concluindo que ele seria uma ótimo “para qualquer um que estivesse procurando pagar pouco em um celular”.

Agora fica a dúvida: por que a Microsoft optou por lançar a versão “careta” do Lumia 435, que você pode ver na imagem abaixo, em vez dessa opção que antecipava tendências do mercado em três anos? Provavelmente nunca saberemos.

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Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital