Cartão de débito com sensor biométrico chega ao Reino Unido

Novidade será testada no próximo mês e permite mais segurança em pagamentos por aproximação com cartões
Redação11/03/2019 19h17, atualizada em 11/03/2019 22h30

20190311042135

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Um cartão que lê a sua digital para concluir uma compra? O banco britânico Natwest acaba de transformar isso em realidade, e vai realizar um teste do produto com 200 consumidores. Os participantes do programa, que terá início em abril, vão poder efetuar pagamentos por aproximação sem a necessidade de digitar uma senha ou escrever uma assinatura. Basta encostar o cartão no terminal e posicionar seu dedo em um leitor biométrico embutido.

Transações sem contato já são práticas comuns no Reino Unido. No entanto, devido à falta de segurança do procedimento, que apenas exige a aproximação do cartão no sensor, são limitadas a um valor de £30. Para compras mais caras, os vendedores exigem a leitura do chip do cartão e a aplicação de uma senha, como no método popular. Mesmo para pagamentos móveis, os clientes são sujeitos a esse limite.

Com a biometria, esse valor máximo deixará de existir. Os dados das impressões digitais são armazenados internamente no cartão, e não no sistema central de um banco, dificultando e muito o trabalho de um hacker. Apesar de não ser infalível – afinal, ainda existe o leve risco de um ladrão roubar e imitar sua impressão digital –, o mecanismo confere muito mais segurança ao usuário. Basta comparar com o uso de uma senha, cuja frágil proteção depende de um simples olhar curioso por cima do ombro para ser quebrada.

A autenticação biométrica já é um componente fundamental em pagamentos móveis por aproximação, mas ainda não conseguiu encontrar seu espaço em cartões bancários. A Gemalto, empresa por trás da tecnologia, realizou um teste na África do Sul em 2017 e produziu, no ano passado, um piloto com o banco italiano Intesa Sanpaolo.

Porém, o que ainda pesa é a necessidade de visitar um banco para registrar a digital em vez de poder fazê-lo em casa, como nos serviços móveis do Apple Pay e do Google Pay. E, apesar da ferramenta ser um desejo da Gemalto para o futuro (como mostra esse vídeo), o teste do Natwest não resolve esse inconveniente.

Essa limitação coloca a real funcionalidade dos cartões biométricos contra a parede, uma vez que os sistemas de pagamento móvel estão incluídos em diversos telefones com leitores de impressão digital e scanners de rosto. Contudo, é de se valorizar que, ao disponibilizar um cartão de graça para os usuários habilitados, o novo método tem um grande potencial de acessibilidade para pessoas sem condições de comprar um smartphone moderno.

Fonte: The Verge
Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital